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Lugares por Onde Ando

Turismo em Campo Grande: Listamos 9 passeios grátis para você curtir a Capital

O roteiro de atrações vai de praças e parques públicos, museus e até unidade de conservação que funciona como laboratório natural

Paulo Nonato de Souza | 05/11/2019 08:49
Se está em dúvida sobre viajar ou não no feriadão da Proclamação da República, inclua Campo Grande nos seus planos, vai valer a pena (Foto: Divulgação)
Se está em dúvida sobre viajar ou não no feriadão da Proclamação da República, inclua Campo Grande nos seus planos, vai valer a pena (Foto: Divulgação)

Mais um feriadão que se aproxima. Será o feriado do Dia da Proclamação da República, dia 15, sexta-feira da próxima semana. Para quem não vai viajar, o canal de turismo Lugares Por Onde Ando, do Campo Grande News, listou 9 opções de passeios aqui mesmo na capital sul-mato-grossense, sem ter que por a mão no bolso. Tudo com entrada grátis.

Montamos um roteiro com dicas interessantes, mas sem fugir dos parques, até porque, felizmente, Campo Grande é a cidade dos parques públicos. São oito mantidos pela prefeitura, fora os parques estaduais, como o Parque das Nações Indígenas, uma espécie de cartão postal de Mato Grosso do Sul, e o Parque Matas do Segredo, uma unidade de conservação que funciona como laboratório natural. Veja a nossa lista de sugestões abaixo:

1 - MORADA DOS BAÍS:

O casarão é de 1918, construído por Bernardo Franco Baís, um imigrante italiano, nascido em 1861, que chegou em Campo Grande no ano de 1879, aos 18 anos de idade (Foto: Reprodução)
O casarão é de 1918, construído por Bernardo Franco Baís, um imigrante italiano, nascido em 1861, que chegou em Campo Grande no ano de 1879, aos 18 anos de idade (Foto: Reprodução)

É um casarão construído em 1918 para servir de residência da família de Bernardo Franco Baís, um imigrante italiano, nascido em 1861 na região da Toscana, que chegou em Campo Grande no ano de 1879, aos 18 anos de idade, e se tornou um dos homens mais ricos do país no período que antecedeu o início das atividades da companhia ferroviária Noroeste do Brasil.

Bernardo Franco Baís foi dono de frota de navios importados da Itália, que movimentavam as exportações e importações comerciais entre o Brasil, Paraguai e Uruguai a partir do Porto Geral, em Corumbá. Em 1914, com a chegada da ferrovia, seu negócio perdeu força, e, por coincidência ou não, a rota dos trilhos da linha férrea passava em frente ao seu casarão.

Em 19 de agosto de 1938, aos 77 anos, ele foi atropelado por uma locomotiva da NOB, a poucos metros do casarão, e faleceu no dia seguinte. Há relatos de que o próprio Bernardo Franco Baís teria solicitado ao engenheiro responsável pela obra da ferrovia para que o traçado dos trilhos passasse em frente da sua residência.

O casarão chamado Solar dos Baís, que após a morte do patriarca foi alugado e funcionou como Pensão Pimentel até 1979, guarda a história da família e com registros importantes da filha famosa de Bernardo Franco Baís, a pintora e desenhista Lídia Baís, uma referência nacional das artes plásticas. Em seu interior, a Sala Mística era o quarto de Lídia, que faleceu em 1985 aos 85 anos de idade.

ONDE: Avenida Noroeste, 5140, esquina com Avenida Afonso Pena, na região central de Campo Grande. Abre de terça-feira a sábado das 13h30 às 22h30.

Telefone: (67) 3311-4460

2 - PARQUE MATAS DO SEGREDO:

No mirante, que nada tem a ver com estrutura montada em local elevado, é possível avistar a parte norte de Campo Grande (Foto: Kisie Ainoã)
No mirante, que nada tem a ver com estrutura montada em local elevado, é possível avistar a parte norte de Campo Grande (Foto: Kisie Ainoã)

Unidade de conservação de 177 hectares, distante apenas 9,6 km em relação ao centro de Campo Grande, o Parque Matas do Segredo estende a contemplação de suas belezas naturais para a pesquisa científica, educação ambiental, recreação e turismo de contato com a natureza, como uma maneira diferente de aproveitar o meio ambiente e ainda aprender sobre ele.

O Parque Estadual Matas do Segredo é uma espécie de laboratório natural, e o passeio é uma aventura de descobertas e conhecimentos sobre a natureza. Se você curte plantas medicinais, a lista do que pode encontrar no parque é bem extensa, como chapéu-de-couro, melão de são caetano, quebra-pedra, marcela, mamica de cadela, jalapa, barbatimão e outras tantas espécies.

Desde 1993, o parque ostenta o título de Jardim Botânico de Campo Grande. Sem sair do perímetro urbano, é onde você pode ver, por exemplo, lobinhos, macacos-prego, tamanduás, veados, bugios, antas, mutuns, e ouvir cantos de pássaros raros, como o choca-barrada, chorozinho de bico comprido, o tico-tico-rei e o canário do mato. Mas, se tiver sorte, porque os animais que vivem na área do parque não são nenhum pouco familiarizados com a presença humana.

ONDE: Final da Rua Josefina Mingareli, no bairro Jardim Presidente, na região do Nova Lima. Aberto para visitação pública de terça a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 17h, excepcionalmente também aos sábados, domingos e feriados.

Serviço: Embora gratuitas, as visitas ao Parque Estadual Matas do Segredo são agendadas pelo telefone (67) 3351-9549 ou pelo site www.imasul.ms.gov.br/agendamentos. No passeio, recomenda-se usar repelente para inibir os mosquitos, roupas confortáveis que cobram o corpo ao máximo, calçados adequados (tênis ou botina), boné ou chapéu, protetor solar e não esquecer de levar água.

3 - MUSEU JOSÉ ANTÔNIO PEREIRA:

O museu é na fazenda que era da família de José Antônio Pereira e mantém preservada a estrutura da época (Foto: Reprodução)
O museu é na fazenda que era da família de José Antônio Pereira e mantém preservada a estrutura da época (Foto: Reprodução)

Vale a pena conhecer o museu, não apenas para quem gosta de história. O museu municipal conta a saga do fundador de Campo Grande com peças originais da época e relatos do guia sobre a viagem em caravana de carros de boi no ano de 1872 desde Barbacena (MG), sua terra natal, em busca de novos horizontes nesta parte do Brasil.

O museu funciona na antiga Fazenda Bálsamo, que no início do Século 20 pertencia ao filho mais velho de José Antônio Pereira, Antônio Luiz Pereira. Doada em 1966 para a Prefeitura de Campo Grande pela filha de Antônio Luiz Pereira, Carlinda Pereira Contar, a fazenda virou museu em 1983.

ONDE: Avenida Guaicurus, s/n, bairro Jardim Monte Alegre. Abre de terça a sexta-feira das 9h às 17h, sábado e domingo das 13h às 17h.

Telefone: (67) 3314-3181

4 - PARQUE DAS NAÇÕES INDÍGENAS:

O Parque das Nações Indígenas é o que se pode chamar de cartão postal de Mato Grosso do Sul, o espaço público mais visitado de Campo Grande (Foto: Reprodução)
O Parque das Nações Indígenas é o que se pode chamar de cartão postal de Mato Grosso do Sul, o espaço público mais visitado de Campo Grande (Foto: Reprodução)

Inaugurado em 10 de agosto de 1993 pelo ex-governador Pedro Pedrossian, o parque de 119 hectares é orgulho da cidade. É um dos maiores parques urbanos do mundo com ampla infraestrutura de esporte e lazer, desde quadras poliesportivas, de areia, arena de skate e patins, ciclovia, concha acústica para shows musicais, parquinhos infantis e pista de corrida e caminha, além de abrigar o Museu Dom Bosco e o Museu de Arte Contemporânea e animais de diversas espécies.

Provavelmente em nenhum outro lugar do Brasil os índios são tão representados. O parque tem seis portarias, todas com nome de nações indígenas: Guarany, Kaiwá, Nhandevas, Kadiwéu, Terenas e Ofaiés.

ONDE: Altos da Avenida Afonso Pena, s/n, com entradas também pela Rua Antônio Maria Coelho. Abre de domingo a domingo das 6h às 21h.

Telefone: (67) 3326-2254.

5 - PRAÇA ESPORTIVA BELMAR FIDALGO:

Até o final da década de 1960 o Belmar foi o principal estádio de Campo Grande, virou praça esportiva e hoje, além de espaço para atividades esportivas, conta a história de glórias do futebol local (Foto: Reprodução)
Até o final da década de 1960 o Belmar foi o principal estádio de Campo Grande, virou praça esportiva e hoje, além de espaço para atividades esportivas, conta a história de glórias do futebol local (Foto: Reprodução)

É um lugar com muita história. Até o final da década de 1970, o Belmar, como é popularmente conhecido, foi a principal praça esportiva da cidade. Era o Estádio Belmar Fidalgo, que desde o dia 5 de agosto de 1994 passou a ser o que é hoje: a Praça Esportiva Belmar Fidalgo.

Entre o final da década de 1920 e início da década de 1950 o lugar tinha o nome de Campo de Marte, por conta do nome de uma das ruas de acesso, a hoje Arthur Jorge. Em 1953, passou a se chamar Belmar Fidalgo, um militar famoso pela dedicação ao esporte na época.

Como estádio foi palco de grandes jogos do futebol amador, sede do primeiro time de futebol de Campo Grande, a Sociedade Sportiva Campo-grandense, a SSC, fundada em 1927, e onde nasceu a rivalidade entre Operário e Comercial, times que ainda hoje polarizam o futebol em Mato Grosso do Sul, apesar da decadência de ambos.

Na Praça Esportiva Belmar Fidalgo você tem à disposição duas quadras poli esportivas, quadra de areia, pista de corrida e caminhada, campo de futebol suíço, playground infantil e área para ginástica. Funciona de domingo à domingo.

ONDE: Entre as ruas Barão do Rio Branco e Dom Aquino, região central de Campo Grande. Abre de domingo a domingo das 4h30 às 22h.

Telefone: (67) 3314-3692.

6 - PARQUE AYRTON SENNA:

No bairro Aero Rancho, o Parque Ayrton Senna é um importante espaço público de esporte e lazer (Foto: Reprodução)
No bairro Aero Rancho, o Parque Ayrton Senna é um importante espaço público de esporte e lazer (Foto: Reprodução)

Inaugurado em 1994, o parque tem área arborizada de 32 hectares e oferece campos de futebol, quadras de areia, quadras poliesportivas cobertas, palco, três piscinas, pista de atletismo e academia ao ar livre.

Mantido pela prefeitura, o Parque Ayrton Senna tem programação de aulas de basquete, ginástica localizada e alongamento, além de caminhadas orientadas, onde o público recebe dicas de postura e maneiras de manter o condicionamento físico. Funciona de domingo a domingo.

ONDE: Fica no bairro Aero Rancho com o portão principal na Rua Arapoti, 512. Abre de domingo a domingo das 5h às 21h.

Telefone: (67) 3314-3971

7 - PRAÇA DAS ARARAS:

O Monumento das Araras deu nome a um dos lugares mais visitados de Campo Grande, aberto 24 horas (Foto: Divulgação)
O Monumento das Araras deu nome a um dos lugares mais visitados de Campo Grande, aberto 24 horas (Foto: Divulgação)

Na era das fotos instantâneas, a Praça das Araras é um belo lugar para uma boa selfie. O monumento com esculturas de três araras gigantes, criação do artista plástico Clair Ávila para estimular a preservação da ave, fica em uma região ainda hoje chamada popularmente de Cabeça de Boi, próxima ao Aeroporto Internacional.

É a Praça das Araras, por conta do monumento, mas já foi Praça União. Também tem quadra poliesportiva e parque infantil, mas não há muito o que ver no local, além do monumento das araras, porém, vale a visita nem que seja para fazer uma selfie.

ONDE: Fica no cruzamento da Rua Dom Aquino com Praça Cuiabá, S/N. Fica aberta 24 horas de domingo a domingo.

8 - IGREJA SANTO ANTÔNIO:

Primeira igreja de Campo Grande, construída entre 1876 e 1878, originalmente apenas uma capela de pau-a-pique, a pedido do fundador de Campo Grande, José Antônio Pereira (Foto: Fernando Antunes/Arquivo)
Primeira igreja de Campo Grande, construída entre 1876 e 1878, originalmente apenas uma capela de pau-a-pique, a pedido do fundador de Campo Grande, José Antônio Pereira (Foto: Fernando Antunes/Arquivo)

Relatos históricos contam que a igreja foi construída entre 1876 e 1878, originalmente apenas uma capela de pau-a-pique, como cumprimento de uma promessa feita pelo fundador de Campo Grande, José Antônio Pereira, devoto do santo, diante de uma epidemia de gripe e febre alta na região.

Em 1912, a capela virou a primeira paróquia de Campo Grande. Em 1922, passou a ser a Matriz de Santo Antônio, e no ano de 1991, por ocasião da visita do Papa João Paulo II, tornou-se Catedral Metropolitana Nossa Senhora do Abadia e Santo Antônio.

ONDE: Travessa Lydia Baís, S/N, uma rua paralela a XV de Novembro com Calógeras, na região central da cidade.

Telefone: (67) 3321-9886.

9 - ORLA MORENA:

O caminho dos trilhos da ferrovia virou Orla Morena, uma avenida urbanizada e estruturada com pista de caminhada, aparelhos de alongamento e ginástica, ciclovia, playgrounds, praças e quiosques (Foto: Divulgação)
O caminho dos trilhos da ferrovia virou Orla Morena, uma avenida urbanizada e estruturada com pista de caminhada, aparelhos de alongamento e ginástica, ciclovia, playgrounds, praças e quiosques (Foto: Divulgação)

Para as novas gerações é só um parque linear em uma extensa área urbana, mas quem viveu a época do transporte ferroviário em Campo Grande, com certeza enxerga e sente muito mais do que isso ao visitar a Orla Morena, construída onde antes existiam os trilhos dos trens da Noroeste do Brasil.

Virou uma avenida urbanizada e estruturada com pista de caminhada, aparelhos de alongamento e ginástica, ciclovia, playgrounds, praças e quiosques. No trecho entre a Avenida Noroeste, passando a Avenida Júlio de Castilho até a Rua Plutão, são quatro espaços de convivência e lazer, o Largo dos Esportes, o Largo da Feira, o Largo do Mirante e o Largo das Árvores. Aberta 24h, a Orla Morena fica no bairro Cabreúva. É um lugar alto, de onde é possível ter uma boa visão da cidade de Campo Grande.

ONDE: Av. Noroeste, 2210, no bairro Cabreúva. Espaço público, fica aberta 24 horas de domingo a domingo.

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