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A crise de valores, mediocridade e pós modernidade

Por Domingos Aguilar Marques (*) | 21/07/2017 14:55

Necessário se faz refletir profundamente por meio do exercício do ato de pensar, temas significativos que ultrapassem os muros da modernidade adentrando o espaço da era pós moderna.

Um destes temas prende-se a idéia do comportamento humano quanto ao processo de dilaceramento dos valores, quando estes deveriam servir de sinalizadores rumo aos objetivos, tem se tornado inútil pensar sobre ele, pois a relativização dos valores tem feito o homem perder seu norte com segurança e seu agir em prol do bem.

Hoje, as ações do Homem estão pautadas nos princípios do sistema econômico capitalista selvagem, sistema estimulador do desenvolvimento do homem pela busca do “ter” em detrimento do “ser”, com isto o jogo social se prende a critérios em que os fins justificam sempre os meios.

Pode-se então, matar quem “incomoda”, pode-se destruir em nome da segurança, pode-se roubar em nome da sobrevivência, bastando-se para isto que esteja justificado ao ser cognoscente que suas ações se pautem em busca de um norte chamado radicalmente de “questão de vida ou morte”.

Em tempos remotos e até mesmo nos dias atuais justificava-se matar até mesmo em nome de Deus, hoje portanto, pode se matar ou excluir em nome do Capital, ficando em segundo ou terceiro plano a dignidade da pessoa humana.

Parece estarmos cada vez mais perto daquilo que o grande político, advogado, orador brasileiro e saudoso Rui Barbosa dizia em seus sábios discursos que chegaria um tempo em que “o Homem teria vergonha de ser honesto”. Ser honesto na sociedade pós-moderna, torna-se cada vez mais sinônimo de idiotice, pois percebemos e presenciamos a cada dia na sociedade que ser espertalhão é a ordem do dia, com possibilidade de promoção e aplausos sociais.

É preciso detalhar alguns termos que fazem parte do tema desta reflexão para que o entendimento geral do assunto seja completo. Quando falamos em crise, estamos nos referindo a ausência ou a falta, pois a crise via de regra é um grande sinalizador para o recomeço ou para a reorganização do existente.

A palavra “valor” pode ser entendida como aquilo de mais sagrado que une os ideais à prática comportamental de um determinado indivíduo ou grupo de indivíduos. Os valores são sempre de interpretações diferentes de sociedade para sociedade, pois são estabelecidos por convenção social e que norteará o agir do Homem pertencente àquele determinado grupo.

Mediocridade, aquele ou aquilo que tem pouco merecimento, falta de mérito, vulgaridade. E destas qualidades o mundo parece estar cheio, pois o Homem passou a atribuir valores àquilo que aparentemente não tem muito significado ou melhor dizendo boa qualidade.

Vemos a juventude presa à mídia a certos programas que não tem nada a acrescentar na formação da pessoa, pelo contrário de repente acaba por influenciar negativamente o seu comportamento e a sua personalidade. Vemos na sociedade a inversão cada vez mais dos valores, em que filho se posicionam como independentes das suas ações, mas que não se encontram com estrutura psicológica ou social ainda para assumirem verdadeiramente as conseqüências das escolhas.

Pós-modernidade..., hoje, não se fala mais em modernidade, já estamos com um pé, senão os dois pés na era da pós-modernidade e não percebemos. A tecnologia é um dos vários fatores visíveis desta realidade, tendo em vista a rapidez da comunicação no estreitamento do relacionamento entre as pessoas rompendo distâncias em menos de segundo, embora exclua cada vez mais os contatos entre os humanos.

Outro reflexo observável é o aceleramento do desenvolvimento físico do ser humano, “adultos no corpo e crianças na mente”. O processo de reprodução humana encontra-se de tal forma incrivelmente acelerado que sem erro de dúvida tem sido influenciado pela sistemática do processo de produção e conservação de alimentos.

Com isto somos levados a acreditar que a entrada do Homem no mundo virtual como expressão máxima da influência da era pós-moderna, facilitando-lhe a vida, pode complicar na retenção do conhecimento, como forma de garantir maior tranquilidade no contato e leitura do mundo atual.

A pós-modernidade, ora nos assusta, pois grande parte da humanidade foi formada com mentalidade para a estaticidade, ou seja ser passivo, apenas executor das ações planejadas, quando se é exigido o mínimo de conhecimento, para o acompanhamento das transformações sociais.

A mediocridade, parece imperar nos dias atuais, pois na teorização os gestores apresentam excelentes programas de governo, embora viciado na sua base de intenções por fins eleitoreiros visando na realidade a manutenção do poder vigente.

Isto em todos os setores da sociedade, se voltarmos o olhar para a Escola por exemplo, veremos excelentes programas e planejamentos educacionais, mas no que se refere a parte operacional, mais propriamente dito na sala de aula, acaba por imperar o autoritarismo e por consequência a vontade do professor e dirigentes de modo geral.

Na Igreja, independentemente do credo,de normas e princípios que norteiam tais instituições, acabam por defender ideias que muitas vezes não correspondem mais a realidade social, e acabam por usar do poder como forma de punir ou controlar socialmente o comportamento humano.

A família já perdeu o controle do processo educativo de seus membros, bem como o espaço para outros meios educativos, como por exemplo os meios de comunicação, principalmente os televisionados e escritos, como a televisão e a internet.

Os pais se ocupam na maioria das vezes com seus serviços na aquisição do financeiro para a sobrevivência. Exercem uma jornada de trabalho de no mínimo oito horas diárias, contando o tempo de deslocamento até o ambiente de trabalho, diríamos que ficam em média 12 a 15 horas longe do convívio dos filhos. Estes por sua vez ficam a mercê dos vizinhos, parentes ou até mesmo alguém que não pertence aos laços sanguíneos da família e acabam por adquirirem hábitos, costumes e valores não pertencentes aos do ambiente familiar.

No mundo da política a mediocridade também se faz presente e de forma explícita no discurso culminado de uma prática extremamente vazia. Impera o fazer de conta, bem como a “jeitinho”, expresso muitas vezes nas trocas de favores, quando na realidade isto não deveria ocorrer, pois o político nada mais nada menos é um representante do povo confiado para administrar os bens a serviço de todos..

No setor da política e em nome da “política da boa vizinhança” ou da fidelidade se assassina a ética, pois a conivência faz com que as diferenças se confundem acabando por acontecer os verdadeiros atos de injustiças e violências com aqueles que trabalham e contribuem com seus impostos.

A sociedade ficou tão complexa a ponto de precisar dispor de normas escritas que regulem as relações, pois o Homem astucioso foi obtendo as vantagens em detrimento dos demais. O que mais incomoda é justamente o endeusamento das instituições ocorrido nos últimos tempos, bem com justificativa em nome da lei percebe-se que o contribuinte não mais consegue usufruir de seu salário, pois as leis são instituídas na maioria das vezes beneficiando somente o Estado para que o mesmo faça as “esmolas” com chapéu alheio, cobrando exageradamente os impostos ou instituindo taxas que não haveria necessidade alguma de ser.

A preocupação com o aspecto da mediocridade se faz no dia a dia expressa no comportamento de relacionamento entre o Estado e o Cidadão comum, mantenedor do sistema, pois em vez do Estado ser uma máquina organizada no comando dos interesses da população indistintamente, acaba por perder a credibilidade, abrindo espaço e permitindo o fortalecimento de outras instituições paralelas que acabam por fazer aquilo que seria tarefa exclusivamente do Estado.

O Estado não cuida de seus contribuintes, pelo contrário procura empobrecê- los cada vez mais, embora no discurso pode-se nota uma preocupação explícita com o índice de pobreza, mas por outro lado o Estado deixaria de existir enquanto poder organizado se os cidadãos fossem bem desenvolvidos cultural e educacionalmente e por consequência organizados em suas finanças, com certeza não precisariam estes ficarem na dependência, deixando desta forma de reconhecê-lo com espírito corporativo e a mediocridade diminuiria entre Estado e cidadão, pois não haveria jogo do faz de contas ou do fingimento, em que finjo que cofio e você finje que me cuida .

Os três elementos básicos e necessários para o aumento do índice de desenvolvimento humano, sem dúvida de erro se prende à educação de qualidade, a saúde em bom estado e uma segurança que inspire confiança.

Percebe-se a força do discurso inflamável nos palanques de norte a sul do país no período da campanha eleitoral na esfera municipal, estadual e federal, mas de posse da efetivação do pleito eleitoral em um futuro próximo, não se fala e não se lembra das promessas feitas.

Na prática da docência, tem-se percebido que há ausência de Filosofia no mundo interno e externo à sala de aula e à escola, até com justificativa convincente, pois se o ato de pensar é caracterizado como a busca do saber ou da verdade, não importa ao sistema econômico capitalista selvagem em que 80% do mundo vive, porque estimular o cidadão para o interesse pela Filosofia, deixa de ser um ato importante por não comunga com a mediocridade, mas faria com que o homem refletisse em torno do seu estado de vida.

A sociedade pode ser comparada analogamente a uma panela de pressão, composta em sua base dos diversos segmentos, tais como escola, igreja, família, partidos políticos, associações, Estado e outras instituições, assim precisam de algumas válvulas de escapes, tendo a mesma função da válvula da panela de pressão, caso contrário estourará causando danos maiores, até mesmo com risco de perdas de vidas humanas..

As válvulas aqui mencionadas, plagiando Nicolau de Maquiavel, em sua obra O Príncipe, resumem-se no pão e circo, oferecidos pelos reis ou governantes aos seus súditos. Como disse Maquiavel, um povo de barriga cheia e com a alma leve após extravasarem suas emoções por meio do circo, não sente a necessidade de refletir, portanto fica mais fácil de serem cabrestreados, daí a justificativa de que os fins justificam os meios.

Como algumas espécies de circo aqui no Brasil, podemos como exemplo citar alguns shows que acontecem de forma cronológica no decorrer do ano, carnaval, eleições, copa do mundo, olimpíadas entre outras. E na categoria secundária as apresentações das festas intermediárias que ocorrem no Estado ou Município em nome da “cultura, esporte e ou do lazer”,desta forma promovidas por meio dos circos menores nas cidades.

Para efeito de ilustração podem se destacar as festas que antecipam o clima do carnaval, no Estado de Mato Grosso do Sul, tais como: Aquidauana a Micareta, Rio Verde Carnaverde, Campo Grande a Pantaneta, Paranaíba a Carnaíba, e assim sucessivamente, como se não bastasse existem os parques e as praças públicas como referências de apresentações de shows, futebol, teatro, etc., a apresentação de circo permanentemente.

Com este raciocínio mostramos não o lado negativo do lazer, mas que em exagero acaba por tirar a capacidade do ser humano em refletir sobre os seus problemas emergentes.

Percebe-se que as medidas econômicase políticas mais sérias do país, via de regra ocorrem sempre após momentos fortes como as festas acima estes, pois aproveitando o efeito da anestesia em que se encontra a população, por consequências as medidas são estabelecidas como lei.

Observamos que o país só começa a caminhar rumo ao desenvolvimento de suas ações programadas e planejadas somente depois do carnaval, isto sem exceção em todos os setores.

Alguns dias após a população festejar em torno de quatro ou cinco dias consecutivos o carnaval, anestesiados como dissemos acima, e sem muito ânimo ou disposição para o ato de reflexão sobre seus problemas, não se dá conta ainda num prazo de uma ou duas semanas que os preços dos bens e serviços mudaram seus dígitos sem contar que a corrida aos caixas nas agências bancárias atrás de saldar as são de enorme volume, pois correm atrás dos prejuízos.

Para reajustar preços dos bens e serviços não existe melhor época ideal do que nos dias que se sucedem as festas ou os atos circences ocorridos em dias anteriores, que para a constatação disto é só perceber os preços dos combustíveis nas bombas. O preço dos alimentos, vestuários, energia, água, e outros impostos e taxas estabelecidos pelo governo em nome da lei..

Medidas de ordem econômica principalmente são muitas vezes aprovadas nas madrugadas quando a nação dorme, ou nas vésperas, ou nos dias de apresentações dos espetáculos, pois a participação da população no regime democrático muito presente nos discursos, embora na prática imperam os princípios do autoritarismo, refletidos nas idéias anti-democráticas.

A preocupação na visão de quem pensa é sobre a onda da mediocridade que assola nos últimos tempos no meio social.

Para tanto pode-se citar alguns exemplos como: as novelas brasileiras, os programas humorísticos, programa como o Big Brother transmitido pela Rede Globo de Televisão, programas intencionalmente produtores de ilusões, podendo ser caracterizados como curso básico de formação para a mediocridade.

Aqui o importante é o brilho individual como forma de seleção para a continuidade na alimentação do processo de consumo de pessoas, como se estas fossem seres sem capacidade de pensar e que às vezes nos leva a pensar que são mesmo seres que não tem capacidade de refletir sobre suas próprias vidas ao se sujeitarem a tais situações.

A mediocridade se faz presente por todos os setores da sociedade nos dias atuais, no relacionamento entre pai e filho, quando a mãe diz não entender porque fazem isto ou aquilo com seu filhinho, que já não mais importa tais atitudes ou atos, pois isto hoje é normal.

O conceito de normalidade já consegue ser aceito como justificativa do não querer assumir os reais compromissos que a vida lhes impõe. Ser normal, não significa ser correto ou verdadeiro, ser normal é termo que se perde de vista quando sai do campo da objetividade e se aloja no campo da subjetividade.

A existência do homem no mundo, tem se tornado um fardo cheio e pesado, porque provavelmente este tenha construído sua vida com pontos referenciais fragmentados. O homem vem no decorrer de sua vida acumulando e vivendo experiências pequenas tornando ou se transformando em ator de aventuras pouco consistentes. Resumindo, o pior de todo este resultado acaba por não permitir o desenvolvimento do espírito crítico, sendo este exercido pelos “olhos do espírito”, impedindo que o homem cultive em si e se apaixone pelo desenvolver da razão, evoluindo ao estágio máximo de cultivo dos sentimentos humanísticos.

O mundo carece de gente que fala com a boca e “coração”, gente que vive o que fala, gente com espírito forte e decidido em pensar no bem da coletividade. Pessoas que cantam, dançam, dirigem e educam com a alma. O mundo não precisa de pessoas falsas, hipócritas que visem apenas o seu bem estar social e dos seus pares.

A história deve ser passada a limpo, a começar por aquilo que se veicula como ideologia, principalmente da classe dominante, pois se escreve a história sempre do lado do dominante, ficando na responsabilidade apenas do dominado em vivê-la e de ser culpado pelas mazelas.

Nada justifica uns viverem de forma abundante, enquanto outros vivem no limite de suas necessidades, moram, comem e se divertem mal ou quase sempre não se divertem, cuidam de forma precária de suas saúdes, enfim vivem das migalhas que tem sobrado à mesa.

Deve-se olhar de forma mais atenta às mãos calejadas, que sangram de forma constante e incontingenciada. Há necessidade de uma política mais séria, menos medíocre em que contemple as reais necessidades do homem, que parem de roubar e de pensar em somente arrecadar. O dinheiro do povo deve ser melhor administrado por parte de nossos representantes, se não daqui a pouco não mais precisamos eleger ninguém, pois suas funções acabam por perder o real sentido.

Precisa-se de professores mais comprometidos e bem preparados para enfrentarem e contraporem as ideologias dominantes no meio social. Padres e pastores e responsáveis por transmitirem a palavra de Deus, mais sérios e comprometidos, não transmitindo o que acham, mas o mais perto da verdade possível, sem tomarem partido.

Políticos mais sérios e comprometidos na arte de governar, não o seu mas dos outros, talvez pelo instinto humano da individualidade casando-se com os princípios do sistema capitalista esquecem de que todos merecem viver e comer.
A sociedade precisa de assistentes sociais, mais comprometidos com o homem e menos comprometidos com as correntes ideológicas capazes de amortecer a consciência da pessoa a ponto de se conformarem que umas pessoas nascem para servir e outras para serem servidas.

Assim como, pais e mães, que se preocupem mais com a formação interior de seus filhos em detrimento à formação exterior, que eduquem seus filhos com os valores de família, visando sempre o bem, homens capazes de se honrarem com as ações do bem. Menos violentos, menos egoístas, mais comprometidos, mais sérios, com conteúdos voltados para a base fundamental de sua existência, que pensem em um Deus, que pensem em um trabalho como forma de independência e de sobrevivência, e que pensem em família, para que possam formar novas famílias capazes de se sentirem realizados como pessoas.

As instituições necessitam de chefes de qualquer natureza, que pensem em seus subordinados que um dia poderão crescer e assumir o lugar que hoje está em suas mãos. Chefes com espírito humano, responsável, que saibam agir dizendo sim ou não, mas com objetividade, coerência e segurança que inspirem seus auxiliares como capazes de crescerem a cada dia e os respeitem como seus colaboradores, capazes de inspirar as pessoas para o crescimento e consequentemente para a independência.

Também espera-se por Homens que pensem menos nas banalidades, se empolguem menos com as asneiras e mais com aquilo com que fundamenta o agir humano, bem como alimenta a alma visando uma formação mais sólida, que pensem por si mesmo, ouçam com seus próprios ouvidos, e vejam com seus próprios olhos, que acima de tudo sejam capazes de ter uma visão ampliada para a leitura de mundo e abrangência mais ampla do horizonte que o cerca.

É preciso que tenhamos trabalhadores que não pensem apenas em receber seus salários no final do mês, mas que imprimam em seus trabalhos algo que seja significativo e sirva de base para o desenvolvimento humano, assim sejam capazes de procurar outro serviço que o satisfaça como pessoa quando o atual já não lhes mais seja fonte de satisfação, prazer e crescimento.

A sociedade necessita também de profissionais de todas as áreas de conhecimentos que estejam a serviço do desenvolvimento da pessoa, procurem desempenhar suas funções mais numa linha humanística, se sentindo contribuidores do bem, visando menos o aspecto técnico em detrimento ao aspecto humano.

Por conseguinte o mundo hoje precisa mais de atitudes, de pessoas éticas, que por extensão sejam compromissadas, responsáveis e menos medíocres nos seus jogos políticos, pois não pode esquecer que antes de tudo é formador de uma futura geração que tem como compromisso básico dar continuidade ao movimento do universo.

A sociedade está farta de discursos e oratórias que ao invés de preencherem as lacunas existentes, tem provado enorme distanciamento da prática, tem causado desta forma transtornos que nem sempre podem ser reparados.

Basta para tudo isto, que se observe os comícios politiqueiros em épocas de eleições, também as propagandas televisivas dos programas de governo. Como se aquilo que o governo realiza fosse por mérito próprio, deixando de ressaltar que se realiza é com o dinheiro do contribuinte e não com o dinheiro do governo. É uma pena como as notícias chegam até aos ouvidos do cidadão, de forma deturpada, incompletas e por consequência cheias de vícios e sempre a favor de quem as produzem..

A educação, a saúde e a segurança, são elementos que se sintonizados, planejados e executados por bastariam para que o mundo e em especial um país cumprisse com o mínimo de seu compromisso com o cidadão nestes aspectos devolvendo em forma de serviço o dinheiro arrecadado com os impostos, embora o que vemos tem provado extremamente o contrário, o dinheiro chega aos cofres públicos por um caminho, mas não retornam na mesma proporção e às vezes por caminhos que não ficam visivelmente claros aos seus legítimos donos, que é o público.

Concluindo, podemos dizer que a mediocridade da período pós moderno, resumido na busca e na valorização cada vez mais pela aparência e não na essência propriamente dita, leva o homem a se descuidar de um fator primordial, a formação dos valores básicos que são os sustentáculos da vida humana: honestidade, compromisso e responsabilidade, dos quais consideramos elementos indispensáveis para a formação do homem e do mundo do futuro.

(*) Domingos Aguilar Marques é formado em pedagogia e filosofia e mestre em educação na área de formação de professores.

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