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A dimensão Jesus

Por Heitor Freire (*) | 14/03/2018 12:47

Nós, ocidentais, nos acostumamos desde pequenos a ouvir o nome de Jesus Cristo. Ele nos é familiar. A sua história como a entendemos é bem conhecida pela maioria da população.
Vemos nele um herói consagrado pelo sacrifício e pelo sofrimento, e que conquistou uma popularidade imensa no mundo ocidental. É evidente que Ele é muito mais do que podemos imaginar. É um Ser transcendental, o grande comandante e dirigente máximo do sistema solar.

Costuma-se dizer que o trono de Jesus é o Sol. Essa é uma imagem bonita que nos conforta e nos dá alento, é bom saber que alguém como

Ele está no comando. Se Deus é o grande dirigente de tudo, e esse tudo é infinito, é reconfortante saber que a porção que nos cabe no universo está sob a competência de alguém com quem temos familiaridade, que nos mostrou que é possível chegar até Ele.

Jesus, esse Ser de grandeza imensurável, cuja dimensão escapa ao mais elevado entendimento humano, desde sempre reina em nossos corações com seu exemplo e seus ensinamentos baseados na prática do amor e da simplicidade. Daí então a majestade de sua presença na vida dos cristãos.

A sua encarnação foi tão importante que a história da humanidade se conta antes e depois de seu nascimento. As sementes que Ele lançou frutificam e frutificarão por toda a eternidade; tão sábios e verdadeiros que são ensinados e discutidos em todos os quadrantes do planeta. Neste exato momento em muitos lugares, Ele está sendo objeto de estudo e discussão.

A austeridade e a severidade próprias da natureza de Jesus conviviam muito bem com sua pureza, gentileza, lhaneza no trato e com o amor profundo que irradiava do seu olhar e dos seus gestos.

A sua encarnação, de tão elevada, não se constituiu apenas num exemplo que seria imorredouro, mas, principalmente, tornou-se inspiração para todas as vidas subsequentes, para todas as gerações até hoje, e além.

Ele viveu como um homem do seu tempo, mas atuou de modo a mostrar a toda a humanidade o ideal do engajamento supremo na busca de Deus e o fez no curto período de sua vida na carne.

O propósito supremo de sua breve passagem pela Terra foi o de engrandecer e de acentuar a revelação de Deus.

A pregação de Jesus sempre foi no sentido de orientar normas de comportamento, preceitos e de criar perplexidade, de fazer com que todos fossem sacudidos pelos conceitos que Ele apresentava.

Seu maior legado foi o seu próprio exemplo de vida. Inegavelmente, o maior homem de todos os tempos. Viveu de forma modesta e absolutamente coerente com aquilo que pregava (assim como havia feito Sócrates, antes dele).

Na história da humanidade não há ninguém mais influente do que Jesus Cristo. Apesar de não ter deixado nada escrito e de não fundar nem orientar a criação de nenhuma igreja, ou de qualquer tipo de culto organizado de uma religião cristalizada, seus ensinamentos se transformaram na herança comum de muitas religiões e de muitos povos. Deixou, no entanto, um sistema duradouro de ética religiosa positiva.

Conclamou seus seguidores a não criarem imagens ou outras figuras, orientou para que nada potencialmente idólatra fosse deixado após sua morte, o que foi significativamente ignorado pela Igreja Católica, que lotou seus templos de estátuas e imagens. O seu trabalho e a sua vida foram dedicados a acentuar e engrandecer a revelação de Deus dentro de cada um de nós.

Jesus fez da sua encarnação uma auto-outorga. Poderia ter ficado no alto dirigindo todos os trabalhos referentes a este plano. Mas fez-se humano, desceu do pedestal para tornar-se um de nós. Nasceu, cresceu, trabalhou, vivenciou todas as etapas de uma encarnação comum, para ao final, fazer do seu sacrifício a sua grande consagração.

A mensagem de Jesus é tão simples: “Pedi e recebereis; batei e abrir-se-vos-á; buscai e achareis”. É exatamente essa simplicidade que, paradoxalmente, acabou ensejando tantas interpretações equivocadas que distorceram o grande significado de seu trabalho.

É evidente que não pretendo em um simples artigo dar conta da imensa dimensão de Jesus, mas apenas registrar o meu mais profundo respeito e admiração por sua vida e pela sua decisiva influência na minha.

(*) Heitor Rodrigues Freire  é corretor de imóveis e advogado.

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