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A Santa Casa de Campo Grande não irá afundar

Por Wilson Levi Teslenco (*) | 29/08/2012 15:15

Avaliando a afirmação do Sr. Prefeito Municipal, de que o hospital Santa Casa de Campo Grande afunda em um mês sem a participação do poder público, devemos entender que o sistema de saúde de Campo Grande e do Estado, também afunda sem a Santa Casa, não em um mês, mas em uma semana, demonstrando que a relação entre Santa Casa e Poder Público é siamesa, ou seja, visceralmente ligados, onde a falência de uma das partes afeta mortalmente a outra, sendo prejudicada com isto a população da Capital e do Estado, que atualmente são obrigados a buscar em outros estados os serviços que deixaram de ser ofertados em Campo Grande.

Discordando da opinião do Sr prefeito, entendemos que com a devolução da gestão da Santa Casa para a ABCG, não haverá qualquer prejuízo para o hospital ou seus usuários, pelo contrario daremos inicio a uma terceira via para a solução dos problemas da Santa Casa, deixando para trás experiências de gestão personalistas, quer sejam públicas ou privadas e implantando uma gestão compartilhada entre ABCG, sociedade Organizada e Poder Público.

Esta alternativa irá proporcionar transparência, interação, cumplicidade e responsabilidade entre as forças que irão gerir o hospital, as características necessárias para que os enfrentamentos para a recuperação e melhoria do hospital aconteçam.

Ainda quanto aos impactos práticos dessa devolução na gestão do hospital cremos que o bom senso e o espírito público da ABCG, Poder Executivo e o Judiciário, permitirão que a devolução seja precedida por um amplo acordo, com uma transição pacifica e segura, manutenção dos recursos que hoje são aportados e ainda a constituição de uma parceria virtuosa entre as partes, garantindo a continuidade e a melhoria do atendimento no maior hospital do estado.

A atuação da ABCG se limitará por força de estatuto, a condução da gestão estratégica e implementação, fiscalização e melhoria da gestão executiva profissional, dispensando assim a sua diretoria de abdicar totalmente de suas atividades profissionais , havendo indicações de que grande parte da equipe gestora atual deva ser mantida pela ABCG.

A ABCG pretende ainda implementar as boas práticas que prevalecem nas melhores gestões privadas e públicas, tais como a transparência, metas de eficiência, avaliações de desempenho, meritocracia e ainda o tradicional “fazer muito com pouco”.

A gestão da ABCG à frente da Santa Casa, será marcada pela participação direta e efetiva dos diversos segmentos da sociedade organizada, tais como igreja, clube de serviços, sindicatos e maçonaria, que juntos com a ABCG irão compor o conselho de administração da Santa Casa, partilhando assim das dificuldades e desafios de gerir este hospital.

Entendemos Sr Prefeito, que a nenhum de nos e dado o direito de abandonar a Santa Casa para que afunde a sua própria sorte, por qualquer razão que seja, é preciso ser humildes, reconhecer quando os nossos melhores propósitos não foram alcançados, mesmo com todo nosso esforço individual e olhar em volta permitindo que outros, que possuem o mesmo propósito se juntem a nos na missão a que nos propomos.

(*) Wilson Levi Teslenco é arquiteto, pós graduado em administração é presidente da Associação Beneficente de Campo Grande – Santa Casa.

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