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De quando em sempre

Por Heitor Freire (*) | 11/06/2015 14:16

De quando em quando é importante aprendermos a nos observar para, assim, aprendermos a conhecer a nós mesmos. Observar pensamentos, depois sentimentos e tornar essa prática como um processo eterno. Depois que se começa não se para mais.

Quanto mais nos descobrimos, mais nos interessamos por nós mesmos. O interesse despertado é tão grande e estimulante que nos emula a continuar.

Observar os outros é perda de tempo. Cada um é uma individualidade e diferente. Essa observação constante, com o tempo se transforma em meditação. É um encontrar-se contínuo. Para mim, um dos momentos mais prazerosos é esse.

Deus nos fez como seres imperfeitos em busca da perfeição e nos concedeu todo o instrumental necessário para nos conhecermos e utilizarmos esse benefício em nosso proveito. Nesse aspecto, a fé se destaca de forma primordial, pois é o instrumento intrínseco ao ser humano e que o acompanha por toda a sua existência infinita.

Recebemos a sabedoria, a força e a consciência. A sabedoria recebemos pela energia do sol. Da terra recebemos a força, e da lua, a consciência. A consciência é um atributo do ser humano que lhe foi concedido por Deus e que lhe dá a dimensão do seu ser e a medida para avaliar os seus atos. E é através dela que ele consegue evoluir. Se localiza em nosso coração e se fusiona com a sabedoria e a força que se transmutam na nossa energia.

Se nós quisermos encontrar e ativar a nossa energia, basta nos concentrarmos em nosso coração. E é da consciência que brota o discernimento, a faculdade que nos permite distinguir o que queremos e o que não queremos fazer. A questão é que a maioria das pessoas não se dá conta disso. E fica feito barata tonta rodando a esmo.

Desde que o mundo é mundo, desde quando o homem se sentiu como um ser dotado de vontade, de desejos e de consciência, há uma busca incessante em procura da sua origem, do seu Deus, da explicação para a sua existência.

Desde o princípio foram sendo criadas leis, religiões, filosofias, todas com a finalidade de proporcionar ao ser humano um código de conduta que lhe permitisse conviver com seu semelhante de forma harmônica e igualitária – ou deturpada, para conceder a alguém o domínio de um povo, de um país, de uma comunidade, de um continente.

Entendo que a Alta Espiritualidade, a Ordem Maior que rege todo o Universo, suscita a encarnação de seres de elevada estirpe, para ao longo dos tempos, em cada época, em cada país, em cada povo, conduzir a humanidade. Daí o nascimento das diversas religiões.

A linguagem é o meio criado para nossa comunicação e é por intermédio dela que manifestamos o nosso querer e o nosso pensamento. Juvenal Arduini, em seu livro Destinação Antropológica, ensina: “Possuir linguagem eficiente é obrigação de todo humano... e que a linguagem não é só verbalização, mas também expressão corporal e conduta, ou seja, esta verbalidade antropológica que compendia o conteúdo do universo humano.

Não é só o que dizem os homens, mas principalmente o que são o que fazem como vivem e se relacionam que os caracterizam”.

A vida nos proporciona um ensinamento constante que pode nos levar a situações contraditórias. A coerência que muitas vezes buscamos acaba sendo contraditada pelos nossos atos.

Assim, no nosso encontro íntimo, que para ser produtivo deve ser constante, diário mesmo, iremos encontrar os meios necessários para o nosso autoconhecimento e para a nossa evolução. Não pode ser de quando em quando, deve ser de quando em sempre!

(*) Heitor Freire é corretor de imóveis e advogado.

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