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Dos ensinamentos de Jesus

Por Heitor Freire (*) | 30/01/2018 08:30

Na história da humanidade não há ninguém mais influente do que Jesus. Apesar de não deixar escrito nenhum dos seus ensinamentos, e de não fundar nem orientar a criação de nenhuma igreja, de culto organizado de uma religião cristalizada, seus mandamentos se transformaram na herança comum de muitas religiões e de quase todos os povos.

Conclamou seus semelhantes a não criarem imagens ou outras figuras, orientou para que nada potencialmente idólatra fosse deixado após sua morte. O seu trabalho e a sua vida foram dedicados a acentuar e engrandecer a revelação de Deus.

Jesus fez da sua encarnação uma auto-outorga. Poderia ter ficado no alto dirigindo todos os trabalhos referentes a este plano. Mas fez-se humano. Nasceu, cresceu, trabalhou, vivenciando todas as etapas de uma encarnação comum, para ao final, fazer do seu sacrifício a grande consagração.

Ele veio para ser o libertador da humanidade. Quando iniciou o seu apostolado, aos 30 anos, deixou perplexa sua mãe e seus irmãos. Embora Maria já soubesse do destino sagrado de Seu Filho e tivesse vivenciado uma série de acontecimentos inexplicáveis, viu-se cada vez mais impressionada com Suas ações.

No episódio em que Maria e seus filhos procuravam falar com Ele, foi-lhe anunciado: “Sua mãe e seus irmãos o estão procurando”, e Ele respondeu: “Quem é minha mãe e quem são meus irmãos? Minha mãe e meus irmãos são todos os que recebem a palavra de Deus e a põem em prática”. Além de deixar todos atarantados, pelo inusitado de sua
fala, deu uma grande lição: não basta receber a palavra de Deus, é necessário, indispensável, colocá-la em prática.
A pregação de Jesus sempre foi no sentido de orientar normas de comportamento, preceitos e de criar perplexidade, de fazer com que todos fossem sacudidos pelos conceitos que Ele apresentava.

Um ensinamento que provocou muita reação foi quando disse: “Ouvistes o que vos foi dito: Olho por olho e dente por dente. Eu, porém, vos digo: Amai vosso semelhante, amai vossos inimigos; àquele que vos bater numa face, oferecei-lhe também a outra.

Não pensem que eu vim para abolir a Lei e os profetas. Não vim abolir, mas dar-lhes pleno cumprimento”. O que deixava os ouvintes mais perplexos ainda, pois aparentemente era contraditório. Provocava-os para que pensassem, sentissem e agissem.

Jesus nunca se intimidou com todas as ameaças que continuamente recebia. Tinha plena consciência do Seu compromisso com o Pai e da natureza do Seu trabalho. O Sermão da Montanha foi o discurso mais importante já proferido neste planeta.

Assim, por exemplo, quando questionado pelos judeus sobre qual era o maior dos mandamentos – apresentados por Moisés na Tábua da Lei –, e que seria a base da ordem geral, ele anunciou: “O primeiro mandamento é amar a Deus sobre todas as coisas do céu e da terra; e o segundo, amar ao próximo como a si mesmo. Estes dois mandamentos sintetizam a lei e todos os profetas”. Essa fala os revoltou porque contrariava a orientação de Moisés que os judeus seguiam rigidamente.

Paulo, que soube como poucos interpretar e defender os ensinamentos de Jesus, na primeira carta aos coríntios, capítulo 13, apresentou a sua versão do amor, da qual transcrevo os dois primeiros e o último versículo: “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que retine.

² E ainda que tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.

¹³ Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor”. A nós outros, cabe buscar o entendimento, aceitar, confirmar e praticar os ensinamentos de Jesus, para contribuir com a nossa parte na evolução da humanidade.

(*) Heitor Rodrigues Freire é corretor de imóveis e advogado.

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