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Favelados: mais felizes que os ricos famosos

Por Luis Dufaur (*) | 10/09/2014 10:09

Onde está a felicidade?

Se ouvirmos a Vulgata da Teologia da Libertação ou O Capital de Karl Marx, a felicidade está entre os ricos que possuem tudo o que querem, mesmo com prejuízo para os pobres. Mas se tomarmos distância dos mitos dos laboratórios sociológicos do marxismo e das sacristias aggiornate e virmos a realidade, a resposta será bem outra.

Por exemplo, 94% dos moradores de nossas favelas são felizes. É o que, em entrevista concedida ao portal IG, revela Renato Meirelles, autor do livro Um país chamado Favela. Ele é sócio-diretor do Data Popular, instituto de pesquisa das classes mais pobres do Brasil. Meirelles e o ativista Celso Athayde estão difundido o livro que aponta uma realidade bem concreta e bem diversa da espalhada pelas esquerdas leigas e eclesiásticas.

Um dado é concludente. Enquanto artistas e ídolos famosos, frustrados após uma vida de prazeres, recorrem com frequência ao suicídio, 94% dos moradores da favela afirmam ser felizes, 74% consideram que a vida melhorou e 66% dizem não ter vontade de sair da favela, mesmo se suas rendas dobrassem.

O livro foi baseado na pesquisa “Radiografia das favelas brasileiras”, de setembro de 2013, que ouviu dois mil moradores de 63 favelas brasileiras em 10 Estados. E Meirelles calculou que se existisse um Estado brasileiro chamado Favela, ele seria o quinto maior do País, pois contaria com 12 milhões de habitantes.

Nesse “Estado” ou “país”, os cidadãos estão convencidos que a vida melhorou. A renda per capita cresceu 54,7% nos últimos 10 anos, bem acima da média brasileira que foi de 37,9%. Mais. Um terço dos habitantes ingressou na classe média, a julgar pela renda. “A favela também se transformou num grande mercado consumidor. Em 2014, as favelas devem movimentar R$ 64,5 bilhões. É como se pegasse todo o consumo do Paraguai e somasse com o da Bolívia”, diz o livro.

'Vida feliz' com dinheiro e longe de Deus acaba em tragédia

Os favelados aprenderam como gerar renda seja abrindo um salão de beleza no puxadinho de casa, seja cuidando dos filhos do vizinho ou emprestando o cartão de crédito para um amigo. E os exemplos se multiplicam. O que é isso? Simplesmente, livre iniciativa, propriedade privada e certa dose de fuga da invasão tributária, que afoga outras categorias sociais.

Só isso? Só Direito Natural? Há outro dado. A felicidade não está no dinheiro, nem no capricho. Está na reta ordem da alma posta diante de Deus, mesmo carecendo ou sofrendo. Conhecer, amar e servir a Deus nesta terra para gozar de sua presença na bem-aventurança eterna é o mais sábio dos conselhos.

E dessa alegria eterna Deus já vai antecipando primícias para aqueles que O procuram com despretensão nesta vida terrena. E isto está ao alcance de todas as classes sociais, desde que não se deixem iludir pela miragem dos “famosos” do jet-set.

( * ) Luis Dufaur é escritor e colaborador da ABIM (Agência Boa Imprensa)

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