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Momento supremo

Por Heitor Freire | 20/02/2018 14:21

Existe um momento supremo em nossas vidas? Um momento em que se atinge um clímax, em que tudo se realiza? Nesse caso é um momento só? Único? Isolado? Será no nascimento? Na formatura? No casamento? No nascimento dos filhos? Na morte?

Na introdução ao Livro do Eclesiastes, na Bíblia, Coélet, rei de Jerusalém no ano 250 antes de Cristo, dá a seguinte orientação: “Descobre Deus sempre presente, fazendo o dom concreto da vida para o homem, a cada instante e continuamente. Isso leva o homem a descobrir que a própria realização é viver intensamente o momento presente, percebendo-o como lugar de relação com o Deus que dá a vida. Felicidade é viver o presente. A felicidade consiste em usufruir a vida presente que, intensamente vivida, é a própria eternidade”.

No capítulo 3, versículos 9 a 14, ele pontifica: “Que proveito o trabalhador tira de sua fadiga? Observei a tarefa que Deus entregou aos homens, para com ela se ocuparem: tudo o que Ele fez é apropriado para cada tempo. Também colocou o senso da eternidade no coração do homem, mas sem que o homem possa compreender a obra que Deus realiza do começo até o fim. Então compreendi que não existe para o homem nada melhor do que se alegrar e agir bem durante a vida. E compreendi também que é dom de Deus que o homem possa comer e beber, desfrutando do produto de todo o seu trabalho. Compreendi que tudo o Deus fez dura para sempre. A isso nada se pode acrescentar, e disso nada se pode tirar”.

Segundo as informações do próprio Livro, ele foi escrito há 2.250 anos. E naquela época, o rei Coélet já tinha uma percepção muito clara do aproveitamento do momento presente.

Dando um salto no tempo e no espaço, reuni outra citação colhida ao correr do mouse no Google, de autoria desconhecida: “Em toda vida humana surge um momento supremo....

Um dia, uma noite, uma manhã, uma tarde, uma hora decisiva, um instante oportuno... Feliz é quem sabe esperar...
E que de pé, à proa da barca da vida, trabalha e vigia pronto a aproveitar o momento em que a ocasião estender a sua mão, quando no relógio do destino soar o ‘Agora’”.

E em pleno século 21, Eckhart Tolle, em seu livro “O PODER DO AGORA”, de cujo teor me ocupo pela terceira vez, demonstra claramente para quem souber ler, ver e ouvir, um guia para a iluminação espiritual, demonstrando a importância de viver no momento presente, que não precisamos do passado e que o futuro não passa de uma
quimera, de uma expectativa ilusória.

Mostra também que “...não há nada errado em estabelecermos metas e nos empenharmos para conseguir bens.O erro reside em usar tudo isso como um substituto para o sentimento da vida, para o Ser”. E que “...a gratidão pelo momento presente e pela plenitude da vida atual é a verdadeira prosperidade”.

No mesmo tom, Charles Chaplin ensina: “A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos”.

O renomado e saudoso professor Rubem Alves disse: “A vida não pode ser economizada para amanhã. Acontece sempre no presente”. A conclusão a que eu chego é de que existe sim um momento supremo. E esse momento
é o agora. E para fazê-lo supremo, depende de cada um de nós. Supremo e permanente. Vamos fazê-lo?

(*) Heitor Rodrigues Freire é corretor de imóveis e advogado.

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