ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MAIO, TERÇA  14    CAMPO GRANDE 21º

Artigos

Programa Jovem Aprendiz na mudança social

Elisabeth Pelay (*) | 14/12/2020 09:43

Um estudo apresentado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostra que os jovens representavam mais de 35% da população sem ocupação no mundo em 2017. No Brasil, o desemprego entre os jovens atingiu a maior taxa dos últimos 27 anos,  em que 30% das pessoas está na faixa etária entre 15 a 24 anos. Os dados são do levantamento Tendências Globais de Emprego para a Juventude 2017.

O percentual de desemprego entre os jovens brasileiros é mais que o dobro da média mundial, de 13,1%. Com os impactos da crise econômica decorrente da pandemia da covida-19, a taxa de desocupação dos jovens passou de 30% para 38,8%, e foi a faixa etária mais fortemente afetada.

Mesmo sendo um componente importante, o desemprego não é o maior, nem o único problema que atinge esse grupo. A redução de salário, a precarização do trabalho pela informalidade também é tão grande quanto ele.

Como medida para minimizar essa realidade, a sociedade civil por meio de instituições privadas desenvolve junto as Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego (SRTEs) o Programa Jovem Aprendiz, que tem por objetivo a inclusão de adolescentes e jovens no mercado de trabalho, baseado na Lei 10.097/2000 regulamentada pelo Decreto 9.579/18 e suas portarias.

A contratação de um jovem aprendiz pode ser considerada como um investimento para empresa, uma vez que permite capacitar colaboradores de acordo com suas principais necessidades e seguindo sua cultura interna. É possível desenvolver programas customizados e relacionados ao modelo de negócio do contratante, capaz de atender demandas específicas.

Como o Programa Jovem Aprendiz preconiza a contratação de jovens em situação de vulnerabilidade social, a empresa possibilita a entrada deste segmento no mercado de trabalho de maneira formal  e protegida, o que muitas vezes não seria uma opção para ele. E assim, ainda demonstra a importância da responsabilidade social da empresa.

Para o jovem, o programa proporciona a sua manutenção no ensino regular, a sua capacitação profissional e mais que isso, sua formação como cidadão inserido na sociedade. A autoestima se elevava, o aprendizado acontece e o potencial profissional se amplia. Para a sociedade, a oportunidade de inserção de jovens no mercado formal de trabalho significa, diminuição de pessoas em risco social ou sujeitas à marginalização, contribuindo para a diminuição de índices de criminalidade, também para a redução da exploração do trabalho infantil, aumento de renda familiar e quebra do ciclo da pobreza.

O ISBET atua há quase 50 anos proporcionando a inserção do jovem no mercado de trabalho, e acredita que o Programa de Aprendizagem é a maior e melhor política pública de Educação e Trabalho já criada até hoje.


(*) Elisabeth Pelay é especialista em políticas públicas de educação e renda para jovens.

Nos siga no Google Notícias