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Salário ou satisfação profissional?

Alan Cordeiro (*) | 09/08/2012 07:24

Podemos observar que muitos profissionais bem sucedidos em suas carreiras fazem exatamente o que mais gostam e, como resultado, acabam sendo muito bem remunerados.

Uma grande dificuldade para se obter um sucesso profissional está justamente em saber “o que se quer ser quando crescer”. Uma minoria de pessoas consegue ter a clareza de qual profissão deseja desempenhar no futuro, principalmente no momento de ingressar em uma universidade.

Normalmente, nos deparamos com algumas situações bem conhecidas por muitos, como a forte pressão dos pais pela escolha da profissão que mais os agradam, falta de clareza sobre qual carreira escolher ou a opção por um curso que caiba no orçamento - mesmo que não seja o curso ideal.

A exigência do mercado de trabalho e, psicologicamente da sociedade, por uma formação de nível superior, faz com que muitas pessoas escolham um curso sem ter a certeza e no meio do caminho desistem, ou ainda, concluem o curso e não exercem a profissão.

Iniciamos nossas experiências profissionais buscando a felicidade, mas a necessidade financeira para suprir os desejos que a juventude exige acaba abrindo caminhos que dificultam. A verdade é que muitos jovens, pela falta de clareza e experiência, não sabem o que querem fazer e em que trabalhar para se considerar felizes profissionalmente.

Geralmente optamos por algum curso de nível superior sem muita certeza da nossa escolha e experimentamos vários tipos de trabalhos e funções na busca pelo dinheiro, afinal, logo de cara nossa busca pela felicidade acaba sendo deixada para segundo plano quando damos a prioridade para a questão financeira. No momento em que trabalhamos exclusivamente por melhores salários e melhores cargos, a satisfação pessoal e profissional ficam distantes de serem alcançadas.

Muitas pesquisas apontam que profissionais de cargos elevados em grandes organizações e com salários altíssimos largam tudo na busca pela satisfação por fazerem algo que realmente gostam e acreditam. Muitos reiniciam suas vidas profissionais e conseguem reequilibrar suas carreiras, onde conseguem dar prioridade para o prazer pelo que fazem e em pouco tempo conseguem ter como consequência um excelente retorno financeiro.

Aquele velho ditado que diz: “nunca é tarde para recomeçar” é muitas vezes praticado por profissionais que conseguem aproveitar os programas de desenvolvimento oferecidos pelas organizações que investem em seus profissionais, sendo que o autoconhecimento proporcionado permite que muitos possam conquistar um novo significado para suas carreiras e consigam melhores resultados dentro da própria organização. Em alguns casos, os profissionais acabam mudando de área, pois a felicidade não é vislumbrada dentro da mesma organização. O mais importante é não desistir da busca pela felicidade.

Por conhecer diversos exemplos de casos reais, acredito que a forma mais sustentável de manter a equação salário x satisfação equilibrada é não focar única e exclusivamente no dinheiro, pois este deve vir como resultado do trabalho que é feito quando se gosta, com prazer e significado especial para quem o faz. É importante ser honesto consigo mesmo na busca pela felicidade profissional e que possamos mudar nossos rumos a qualquer época de nossas vidas, afinal: nunca é tarde para recomeçar!

(*) Alan Cordeiro é administrador e consultor da M&S, consultoria especializada em desenvolvimento humano

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