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Sua excelência, a mulher

Por Heitor Freire (*) | 07/03/2017 11:11

A mulher, esse ser magnífico que encanta-nos constantemente, é cantada, disputada, elogiada, aclamada por todos os meios possíveis e imagináveis, por todos os homens, em todos os tempos. Ela realmente merece. É ela a nossa grande inspiradora.

O objetivo do homem sempre é impressionar uma mulher. Todos os nossos trabalhos, atividades, conquistas são realizados com uma finalidade única: a mulher. Tanto para o bem como para o mal. Na França quando acontece qualquer delito, a primeira providência da polícia é: “Cherchez la femme”.

Tudo gira, desde o princípio, em torno dela. Grandes personagens da literatura e da música também cantaram e aclamaram a mulher em suas manifestações.

A metáfora da criação divina da mulher retrata com muita precisão a sua finalidade: ela foi criada a partir da costela do homem, para estar ao seu lado. Não de um osso da cabeça, para lhe ser superior e nem de um osso do pé para lhe ser inferior.

Assim, aqui, agora e sempre manifesto a minha profunda admiração pela ala feminina que, ao longo dos tempos e apesar de todas as adversidades, preconceitos e discriminações, foi aos poucos conquistando o seu lugar, merecendo admiração e reverência da ala masculina.

Esse ser de funções múltiplas geralmente desvalorizada como naquela anedota recorrente: um homem declarou que sua mulher não trabalhava, que passava o dia todo em casa, e ela respondeu que é o tempo inteiro mãe, mulher, filha, despertador, cozinheira, empregada doméstica, professora, garçonete, babá, enfermeira, motorista, trabalhadora braçal, agente de segurança, conselheira, edredom, trabalhadora, de plantão 24 horas, sem direito a licença por doença, nem feriado.

A sua rotina começa de manhã bem cedo e vai até o fim da noite. Ser dona de casa não precisa de certificado de estudo, mas seu papel é fundamental. Seus sacrifícios são incontáveis.

É ainda juíza da vara da infância e da juventude – cujas decisões não estão sujeitas a recurso de nenhuma natureza, nem a conselho tutelar – e tem pontaria certeira na modalidade de arremesso de chinelo à distância.

É como o sal. Sua presença nunca é lembrada, mas sua ausência faz tudo ficar sem sentido.
Swami Vivekananda, primeiro monge hindu a difundir a filosofia do Yoga e Vedanta no ocidente, escreveu: “O mundo não tem nenhuma possibilidade de bem-estar enquanto não se melhorar a condição da mulher. É impossível que um pássaro voe com uma só asa”.

Assim, somente com a asa do homem se completa o pássaro para que alce seu voo majestoso e divino. Ele pertencia ao ramo da Vedanta, que sustentava que ninguém pode ser verdadeiramente livre até que todos sejam. Por conseguinte, para sermos verdadeiramente livres devemos também nós, homens, lutar para a libertação da mulher e assim alcançar a emancipação de ambos.

Mas, trazendo o foco para cada um de nós, que somos naturalmente testemunhas dessa capacidade milenar da mulher de nos seduzir e que somos agraciados por sua convivência, podemos atestar esse poder magnético que a todos encanta, alegra e conquista.

Convenhamos, caros leitores, quem já não viveu e vive esse cotidiano delicioso com uma mulher em que o elemento sedução está presente, nos envolvendo carinhosamente? Quem é que resiste a um olhar de lado, a um sorriso, a um meneio de quadris, a uma graça no molejo, a um suspiro alongado, a um cruzar de pernas? Mulher é fogo. E que fogo gostoso!

Assim, neste 8 de março, nada mais justo que mais uma vez e sempre rendamos nosso tributo à Sua Excelência, a Mulher. Viva!

(*) Heitor Freire é corretor de imóveis e advogado.

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