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Cidades

Alvos de operação da PF, piloto de automobilismo e mãe estão em liberdade

“Os dois vão provar que não têm ligação com esses problemas de fraudes”, diz advogado

Aline dos Santos | 02/03/2022 10:27
Piloto de automobilismo Junior Victorette se apresentou à PF de Corumbá. (Foto: Reprodução)
Piloto de automobilismo Junior Victorette se apresentou à PF de Corumbá. (Foto: Reprodução)

Presos na Operação Fiat Lux, o piloto de automobilismo Manoel Junior Victorette do Vale de Almeida e a mãe Dilcéia Victorette do Vale já estão em liberdade. De acordo com o advogado Pedro Paulo Sperb, o prazo da prisão temporária terminou na última segunda-feira (dia 28).

“As autoridades entenderam que não havia necessidade de prorrogação e eles estão em liberdade. Os dois se colocaram à disposição e vão provar que não têm ligação com esses problemas de fraudes”, afirma o advogado.

A ordem de prisão temporária deveria ter sido cumprida pela PF (Polícia Federal) no condomínio de luxo Damha 3, na Capital, residência do piloto. Contudo, ele estava em Corumbá e ao ser comunicado da operação procurou, em menos de uma hora, a superintendência da PF naquele município. No dia, a PF informou que a prisão havia ocorrido em Campo Grande.

Empresário e piloto, Junior Victorette, 44 anos, ficou preso no Estabelecimento Penal de Corumbá.

Dilcéia Victorette do Vale foi presa em casa, no Jardim Montevidéu, em Campo Grande. Ela cumpriu a prisão temporária na Superintendência da Polícia Federal da Capital. As ordens de prisão foram do juiz Vallisney de Souza Oliveira, da Seção Judiciária do Distrito Federal.

No condomínio Damha 3, foram apreendidos três veículos da família: BMW, Land Rover e caminhonete Mitsubishi.

“Vamos demonstrar que esses carros têm documentação perfeita”, diz advogado Pedro Paulo Sperb. (Foto: Paulo Francis)
“Vamos demonstrar que esses carros têm documentação perfeita”, diz advogado Pedro Paulo Sperb. (Foto: Paulo Francis)

“Vamos demonstrar que esses carros são de origem lícita, com documentação perfeita”, afirma o advogado. Sobre as denúncias contra o piloto e a mãe, Pedro Paulo pondera que a defesa ainda está se inteirando do conteúdo do inquérito policial.

Fiat Lux - A operação, realizada em parceria com a PRF (Polícia Rodoviária Federal) em 24 de fevereiro, desarticulou quadrilha que já adulterou pelo menos 10 mil veículos no Brasil, sendo 3.300 viaturas do Exército Brasileiro. O esquema se aproveitava de uma brecha no Renavam (Registro Nacional de Veículos Automotores).

Como os veículos do Exército não são emplacados, o chassi pré-cadastrado era usado para emplacar veículos como BMW e Land Rover. Esses dois carros de luxos  foram apreendidos no condomínio de Campo Grande.

O prejuízo causado pelas fraudes veiculares identificadas pela investigação soma mais de R$ 500 milhões. Em 10 meses de atuação, foram recuperados R$ 35 milhões em veículos, como caminhões, caminhonetes e automóveis de luxo.

Guincho leva caminhonete apreendida no condomínio de luxo Damha 3. (Foto: Henrique Kawaminami)
Guincho leva caminhonete apreendida no condomínio de luxo Damha 3. (Foto: Henrique Kawaminami)


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