ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SÁBADO  27    CAMPO GRANDE 26º

Cidades

Anvisa estuda medidas emergenciais para falta de kit intubação

Hospitais relatam falta de medicamentos necessários para manter vivos pacientes com a forma grave da covid-19

Tainá Jara | 19/03/2021 16:59
Em Mato Grosso do Sul, não há mais leitos covid-19 para paciente graves (Foto: Divulgação/Governo do Estado)
Em Mato Grosso do Sul, não há mais leitos covid-19 para paciente graves (Foto: Divulgação/Governo do Estado)

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) deve publicar, nesta sexta-feira, medidas regulatórias emergenciais para enfrentar a escassez de medicamentos para intubação e suporte ventilatório de pacientes com a forma grave da covid-19.

Tais medidas, em face da ameaça sanitária, irão desde a flexibilização de critérios até a possibilidade de importação direta de insumos por parte de hospitais e redes hospitalares privadas, passando pela máxima agilização dos processos.

Em Mato Grosso do Sul, além da falta de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), a escassez de medicamentos é um temor entre os gestores dos principais hospitais do Estado.

Conforme o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), a situação impede a instalação de novos leitos, assim como a falta de profissionais. O preço também é outro fator que inviabiliza a aquisição. A Promotora de Saúde, Filomena Fluminhan, verificou com os hospitais variação de 250% a 300%.

Na manhã de hoje, a Anvisa emitiu nota afirmando que tomou conhecimento de situações de falta de produtos necessários para a intubação (tais como anestésicos injetáveis, relaxantes musculares e sedativos) em hospitais e em estoques do Ministério da Saúde e de secretarias de saúde.

A Agência lembrou que trabalha em várias frentes para reduzir o risco de desabastecimento de medicamentos, em especial os necessários para manejo clínico de pacientes com covid-19, no qual se incluem medicamentos necessários para intubação de pacientes com baixa saturação de oxigênio.

Neste sentido, a área de medicamentos da Agência informa que já tem, desde o início de 2020, subsídios legais e procedimentos estabelecidos para favorecer o acesso e a disponibilidade desses produtos com eficácia, segurança e qualidade.

Entre eles está, a aceitação de pós-registros, desde que o objetivo da mudança seja aumentar a oferta dos produtos.

A dispensa da necessidade de aprovações prevista anteriormente, como, situações que não vão ter impacto real e em curto prazo na oferta dos produtos, como por exemplo registros ou mudanças pós-registro em que ainda não foram produzidos lotes-piloto na condição proposta, ou mudanças pós-registro não relacionadas a um risco de desabastecimento ou a um aumento de oferta.

Mudanças pós-registro de medicamentos que não são essenciais para a manutenção da vida e/ou para os quais o mercado já está amplamente abastecido, como por exemplo medicamentos isentos de prescrição em que se tenha uma ampla opção no mercado (mais de dez registros vigentes e ativos).

Registros ou mudanças pós-registro de medicamentos que não tenham eficácia comprovada para o tratamento da covid-19 e que não tenham relação com seu manejo clínico (tais como cloroquina, hidroxicloroquina, ivermectina e nitazoxanida) e que não estejam em evidente risco de desabastecimento – isto é, em que haja dificuldade em encontrar qualquer produto com o referido ativo e a referida forma farmacêutica..

Nos siga no Google Notícias