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Cidades

Após um mês, queimadas diminuem, mas governo estuda emergência no Pantanal

Primeiros focos surgiram a partir de 11 de março, e apenas agora, após combate aéreo, fogo começa a reduzir

Lucia Morel | 28/04/2020 14:51
Combate aérea foi utilizado para ajudar a debelar o fogo, que consumiu 13 mil hectares de uma fazenda. (Foto: Corpo de Bombeiros MS)
Combate aérea foi utilizado para ajudar a debelar o fogo, que consumiu 13 mil hectares de uma fazenda. (Foto: Corpo de Bombeiros MS)

Os primeiros focos de incêndio na vegetação pantaneira este ano foram registrados a partir de 11 de março e somente agora, a situação parece estar dando trégua. Ainda assim, o governo de Mato Grosso do Sul deve decretar situação de emergência na região, já que o número de queimadas deste ano está bem maior que de anos anteriores.

Para o secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), a situação ainda é crítica, principalmente porque o período mais intenso de estiagem ainda está por vir, e por isso, avalia-se a decretação de emergência.

“Estamos avaliando e criando todos os elementos para se decretar estado de emergência na região, medida recomendada pela Defesa Civil, considerando as condições climáticas de curto prazo, que são bastante críticas”, afirmou.

Verruck sustenta ainda que “hoje estamos com todos os recursos voltados para o combate às queimadas no Pantanal, com uma ação conjunta, estrategicamente montada pelo governo”, ao citar o apoio de voluntários e do Ibama (Instituto Nacional de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis).

De acordo com o tenente-coronel Waldemir Moreira Junior, chefe do Centro de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros/MS, “a seca na região vai se prolongar, teremos períodos ainda mais críticos nos próximos meses, e os focos vão continuar ressurgindo”, alertou.

Ele lembrou que o uso do fogo é um hábito cultural dos povos tradicionais que habitam as margens dos rios pantaneiros, com os focos de calor surgindo, na maioria dos casos, por meio de práticas criminosas, que estão sendo investigadas pelo Corpo de Bombeiros e Polícia Militar Ambiental.

Combate - Foi preciso uso de aeronaves e aumentar a força de trabalho na região para debelar o fogo, que era mais intenso na região da Fazenda Santa Tereza, situada na morraria da Serra do Amolar, ao Norte de Corumbá. Ainda assim, 13 mil hectares foram atingidos.

De acordo com o governo do Estado, depois de uma semana de atuação, força-tarefa criada para combater os focos de calor no Pantanal de Corumbá, foi desmobilizada diante dos resultados positivos. Os focos na fazenda foram extintos através de trabalho aéreo e terrestre, envolvendo 63 bombeiros e voluntários.

Após vistoria nas áreas mais afetadas pelo fogo, o coordenador da operação, tenente-coronel Waldemir Moreira, anunciou hoje, o fim da missão. A força-tarefa, que durou seis dias, foi desencadeada pela Semagro.

Brigadistas permanecem na área fazendo o trabalho de rescaldo para garantir a eliminação dos focos remanescentes que possam reacender as chamas. Também foram extintos os focos na Baía do Cedro, na mesma região.

Segundo o Corpo de Bombeiros, o combate aos focos permanece na área de entorno da Fazenda Jatobazinho e Porto Laranjeiras – região do Paraguai-Mirim -, onde o fogo se propaga em direção a campos alagados, com expectativa também de serem extintos naturalmente.

O Ibama anunciou deslocamento para a região de 15 brigadistas e um helicóptero, a partir desta quarta-feira. O deslocamento aéreo da tropa é essencial devido as dificuldades de acesso.

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