ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MAIO, SEGUNDA  06    CAMPO GRANDE 25º

Cidades

Baixa cobertura vacinal pode prolongar tempo de erradicação da covid-19

O descontrole atual de casos e óbitos pode se manter por longo tempo, caso a imunização não alcance ao menos 70% da população

Lucia Morel | 11/01/2021 18:53
A taxa de vacinação ideal, seja para covid ou outras doenças, é a partir de 70%, o que garante uma cobertura capaz de garantir que haja controle na disseminação. (Foto: Kísie Ainoã/Arquivo)
A taxa de vacinação ideal, seja para covid ou outras doenças, é a partir de 70%, o que garante uma cobertura capaz de garantir que haja controle na disseminação. (Foto: Kísie Ainoã/Arquivo)

A cobertura mínima necessária, via vacinação, para garantir que algumas doenças não retornem, não tem sido alcançada nos últimos anos em Mato Grosso do Sul. No caso do novo coronavírus, o descontrole atual de casos e óbitos pode se manter por longo tempo, caso a imunização não alcance ao menos 70% da população.

Para o especialista e representante regional da SBIM (Sociedade Brasileira de Imunização), Alberto Jorge Costa, o Estado, assim como o Brasil, podem sofrer com a demora no início da aplicação da vacina contra covid-19, bem como com o movimento anti-vacina, que fez com que doenças erradicadas – como o sarampo – voltassem a circular.

“Futuramente, o risco de não se atingir a imunização adequada, com a proteção da imunidade coletiva, é que a doença continue descontrolada, porque quando uma porcentagem grande da população é vacinada contra o vírus, há um bloqueio no contágio tornando a doença menos prevalente”, sustenta Costa.

A taxa de vacinação ideal, seja para covid ou outras doenças, é a partir de 70%, o que garante uma cobertura capaz de garantir que haja controle na disseminação.

Por isso, “a demora está sendo prejudicial sobre vários aspectos, porque faz com que o objetivo principal, que é a imunidade de rebanho, demore mais pra acontecer e mais que isso, os casos graves que precisam de internação e de óbitos, tendem a continuar em níveis altos, quando se a vacinação já estivesse acontecendo, a tendência seria que estariam reduzindo”.

Sobre a obrigatoriedade ou não da vacina, o especialista avalia que mais importante que tornar a aplicação obrigatória é “a conscientização das pessoas, pelos pares científicos, pelos governos da necessidade das pessoas se vacinarem. Se isso ocorre, o processo flui naturalmente, porque as as pessoas são esclarecidas de que vacina faz bem”, avalia.

Por fim, Costa comentou que das vacinas que estão disponíveis no mercado, qualquer uma que venha a Mato Grosso do Sul será bem-vinda, desde que “tenha pelo menos 50% de eficácia e seja liberada pelos órgãos de controle”.

Nos siga no Google Notícias