ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram Campo Grande News no TikTok Campo Grande News no Youtube
JUNHO, SEGUNDA  16    CAMPO GRANDE 20º

Cidades

Cansado de esperar resposta sobre áreas, juiz “dá ultimato” a órgão ambiental

Depois de três tentativas de receber informações, juiz manda comunicar responsáveis pelo Imasul

Por Maristela Brunetto | 11/11/2024 12:47
Cansado de esperar resposta sobre áreas, juiz “dá ultimato” a órgão ambiental
Sede do Imasul: juiz eleva cobrança após três pedidos de informações em processo (Foto: Assessoria Imasul)

O juiz da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande, Ariovaldo Nantes Corrêa, elevou o tom e deu um ultimato ao Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) após ter três despachos pedindo informações para um processo ignorados. Ele determinou que o diretor do órgão ambiental tome conhecimento da situação e, prosseguindo a ausência de resposta, até o secretário da Semadesc (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) e o governador Eduardo Riedel sejam informados sobre o “descumprimento reiterado de decisões judiciais pela autarquia”.

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

O juiz da 1ª Vara de Direitos Difusos de Campo Grande, Ariovaldo Nantes Corrêa, intensificou a cobrança ao Imasul após três pedidos de informações não atendidos em um processo relacionado à regularização do Cadastro Ambiental Rural (CAR) de uma propriedade. Ele determinou que o diretor do órgão ambiental e, se necessário, o secretário da Semadesc e o governador do estado sejam informados sobre o descumprimento das decisões judiciais. O magistrado ressaltou que a falta de resposta pode resultar em multas e responsabilização do titular do Imasul, André Borges. A situação surgiu após o Ministério Público apontar irregularidades na documentação apresentada para a regularização do imóvel, levando o juiz a estabelecer um prazo de dez dias para a resposta do Imasul.

O magistrado apontou para a possibilidade de reconhecer a conduta como ato atentatório à Justiça, situação que pode resultar em multa de até 20% sobre o valor da ação, como previsto no Código de Processo Civil. Nesse sentido, a decisão do juiz aponta que o titular do Imasul, André Borges, deve ser informado sobre a situação, uma vez que a responsabilização pode recair sobre ele.

Se a cobrança não surtir efeito, na determinação publicada hoje (11) no Diário da Justiça, Nantes Corrêa pontua que “independentemente de nova conclusão, certifique-se e oficie-se ao secretário de estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (SEMAGRO), ao governador do estado de Mato Grosso do Sul e ao Ministério Público Estadual comunicando-lhes do descumprimento reiterado de decisões judiciais pela autarquia e seu representante legal”. Ele aponta que com a providência espera que “que adotem as medidas que entenderem cabíveis”.

A confusão começou após o Ministério Público de Mato Grosso do Sul mover uma ação civil pública para cobrar a regularização do CAR (Cadastro Ambiental Rural) de uma propriedade rural para verificar a existência de espaço destinado para reserva legal e área de preservação. Os donos responderam, afirmando terem apresentado a documentação para o Imasul para regularizar o imóvel, de cerca de 10 hectares. Entretanto, o MPMS apontou que a documentação seria de outra área e solicitou que o Imasul esclarecesse com informações sobre a propriedade mencionada na ação.

Foram expedidos ofícios em abril, julho e agosto, quando o juiz já advertiu sobre a adoção de medidas pelo desrespeito. O Ministério Público opinou pela definição de um prazo “exíguo para a resposta”, sendo delimitado em dez dias pelo magistrado na decisão publicada hoje.

O Imasul informou que a equipe técnica “está dando andamento ao cumprimento das solicitações” do juiz. O órgão explicou que é compromissado em cumprir os “prazos e procedimentos determinados” e que a equipe está empenhada em garantir a celeridade e a diligência em atender o que foi pedido no processo.

* Texto editado para acréscimo dos esclarecimentos do Imasul.

Nos siga no Google Notícias