Ceia de Natal de 2020 tem novo ingrediente: cuidado com o coronavírus
Além do uso do álcool 70% e da máscara, medidas importantes, mas não tão comuns entre família, são não abraçar nem beijar ninguém
Há como se proteger da covid-19 em plena época de festas de fim de ano? Os riscos existem, onde quer que se esteja, mas é possível reduzi-los com os cuidados já conhecidos e alguns mais. Além do uso do álcool 70% (gel ou líquido) e da máscara, medidas importantes, mas não tão comuns entre família, são não abraçar nem beijar.
Doutor em infectologia, o enfermeiro Everton Ferreira Lemos, que é professor da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) fala que das atitudes fundamentais são higienizar as mãos e os sapatos de quem chega da rua.
“Pras visitas externas, é essencial higienizar as mãos assim que entrarem na casa, porque geralmente haverá manipulação de alimentos. É fundamental também ter atenção redobrada aos sapatos de quem estiver vindo da rua. Pode usar um tapete sanitizante, embebido em água sanitária ou fazer uma solução e borrifar”, disse.
O especialista diz também ser “mais adequado passarem essas festas com familiares da própria casa pra reduzir risco de transmissão”, mas não sendo possível e desejado, é ideal manter o distanciamento evitando abraços e beijos, principalmente nos idosos e ainda usar a máscara todo tempo, retirando apenas para se alimentar.
Preferir que a ceia seja em local aberto e ventilado também reduz o risco de infecção e evita a aglomeração. “Aglomerações ocorrem mais em local fechado, então o ideal é que seja em ambiente mais aberto, com circulação de ar e ventilado”, sustenta, enfatizando a necessidade que se evite, a todo custo, tocar as mãos no rosto – boca, nariz e olhos.
“É preciso ter atenção especial com os presentes, higienizar as embalagens ao entrar na casa, não tocar muito e ao abrir, deixar o presente reservado e depois de tocá-lo, higienizar as mãos”, detalha, lembrando que isso é necessário porque o vírus pode sobreviver de horas a dias, dependendo da superfície.
“Em borracha mesmo, o vírus vive cerca de 8 horas, mas em papel, dinheiro por exemplo, pode viver até 5 dias, em vidros de 3 a 4 dias. Parecem cuidados bobos, mas são importantes para reduzir os riscos”, salienta Everton, que também lembra da necessidade de limpar as compras do mercado. “Não só por causa da covid, mas de outras doenças, por exemplo, dependendo da forma de armazenamento do produto”.
Solução de água sanitária – Everton ensina a fazer uma solução de água sanitária para sanitizar sapatos e outras superfícies: 40 ml de água sanitária completados com 960 ml de água potável (até completar 1 litro). A solução pode ser substituída por álcool líquido 70%.
Quer mais dicas? Veja aqui abaixo, em cartilha da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), como comemorar com proteção.
