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Cidades

“Clima bastante tenso”, diz brasileiro preso em bloqueio na região do Chaco

Caminhoneiros fecharam estradas contra aumento do preço do diesel

Giovanna Dauzacker, Jhefferson Gamarra e Ângela Kempfer | 24/03/2022 14:15


A manifestação de caminhoneiros paraguaios contra o aumento do preço do diesel no país tem impedido a passagem de brasileiros em diversos trechos das estradas. Em um deles, na região do Chaco, a situação esteve “acalorada”, e protestantes chegaram a jogar paus nas equipes policiais, que tiveram que se retirar do local. (Confira o confronto no vídeo acima)

“Não está muito pacífica. Logo que a gente chegou aqui, tinha só um carro da polícia com alguns soldados do equivalente a tropa de choque deles, mas logo tiveram que sair, porque foram hostilizados por manifestantes. A informação que a gente teve é de que a polícia foi buscar reforços e vai voltar a qualquer momento”, conta o jornalista André Mazini.

Agora, ele explica que há apenas os manifestantes no local, que seguem fazendo passeatas e “buzinaço” ao som de frases como “corrupção basta”, mas sem confrontos.

André foi até o país vizinho com um grupo de brasileiros para assistir ao festival Assunciónico, que foi cancelado em razão de fortes chuvas e temporais. Na manhã desta quinta-feira (24), ao tentar voltar para o Brasil, se deparou com uma primeira barreira, antes de chegar no Chaco.

“Liberaram em 1h mais ou menos e depois, a gente andou só um pouco, mais uma meia hora e já paramos aqui na região onde parece que é o ponto principal das manifestações que tão acontecendo em todo o país.”

Ainda segundo o jornalista, o mais preocupante agora é a falta de informações sobre até quando podem durar as manifestações. “A gente não consegue encontrar um comitê, uma fonte oficial para saber mais sobre até quando vai. Porque ao que parece começou com a pauta dos combustíveis, mas já está mais que isso.”

Em vídeo enviado ao Campo Grande News, André explica a situação:

Entenda os protestos - Associações que representam os caminhoneiros reivindicam a retirada do ISC (Imposto Seletivo ao Consumo) dos combustíveis. Na tentativa de conter os protestos, o governo anunciou uma redução de 500 guaranis (cerca 35 centavos de real) no preço do diesel e da gasolina em postos com bandeira da Petropar, mas a proposta não foi aceita pelos caminhoneiros.

Diante da recusa dos caminhoneiros, o ministro do Interior do Paraguai Federico González afirmou que a Polícia Nacional fará operações para liberar as estradas. Segundo ele, as manifestações têm componente político, pois o governo já aceitou baixar os preços dos combustíveis.

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