Com 56 mortes em confrontos, MP quer ser avisado "imediatamente"
Total deste ano já se aproxima de 2024, que teve 77 casos, e de 2023, com 108 registros
RESUMO
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O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) quer ser comunicado imediatamente pela polícia quando houver morte de civil em confronto, caso chamado oficialmente de "morte por intervenção legal de agente do Estado". A orientação consta em recomendação do Gacep (Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial) publicada nesta sexta-feira (5).
Em 2025 foram registradas 56 ocorrências de mortes em confrontos; em 2024 são 77 casos e em 2023 chega a 108, segundo dados da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública). O último caso registrado foi de Rafael da Silva Costa, 35 anos, e contesta boletim de ocorrência da Polícia Militar de que o rapaz reagiu.
Vídeo obtido pelo Campo Grande News mostra, passo a passo, a abordagem policial que antecedeu a morte durante um surto na noite de sexta-feira (21 de novembro), no Bairro Tarsila do Amaral, em Campo Grande. Ele não esboça reação nas imagens e, mesmo assim, é agredido pelos militares.
Dessa forma, o MP reforçou as recomendações em casos como esse: “No caso de ocorrência de morte de civil, em razão de intervenção policial, que seja promovida a imediata comunicação ao plantão do Ministério Público relatando o caso, realizando-se exame de local de morte violenta, ainda que não haja preservação e mesmo que tenha havido socorro da vítima, apreensão e laudo pericial de todas as armas de fogo, que sejam as portadas pelos integrantes da guarnição ou pelas eventuais vítimas, assim como das munições apreendidas no local, sem embargo do exame necroscópico direto a ser realizado pelo Imol [Instituto de Medicina e Odontologia Legal]”, informa o documento.
A recomendação é destinada às autoridades policiais que atuem em crimes de homicídio, consumados ou tentados; ao secretário de Justiça e Segurança Pública; ao delegado-geral da Polícia Civil; aos membros do MPMS; e ao procurador-geral de Justiça do Estado.
Em abril do ano passado, o Gacep já tinha listado outras orientações aos policiais, cujo teor foi repetido no documento divulgado hoje. As recomendações são de apreensão imediata das câmeras de segurança nos locais dos crimes; comparecimento da autoridade policial e perícia técnica ao local de tentativa de homicídio, mesmo que a vítima já tenha sido socorrida.
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