Correios normalizam 80% das entregas atrasadas em MS, diz presidente do Sintect
Movimento nacional de terceirizados afetou o Estado, mas situação deve ser totalmente resolvida nesta semana
Cerca de 80% das entregas atrasadas devido à paralisação de terceirizados dos Correios já foram normalizadas em Mato Grosso do Sul, segundo Wilton dos Santos Lopes, presidente do Sintect-MS (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios). O Campo Grande News vem relatando as reclamações de consumidores desde o dia 20 de maio.
RESUMO
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As entregas dos Correios em Mato Grosso do Sul, afetadas por paralisação de terceirizados em outros estados, estão sendo normalizadas. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de MS, 80% das entregas atrasadas já foram regularizadas e a previsão é de completa normalização ainda nesta semana. Apesar do movimento nacional, não houve paralisação no estado, o que facilitou o escoamento das encomendas que chegam. Os atrasos, iniciados em maio, geraram reclamações de consumidores, que relataram problemas com entregas de presentes do Dia das Mães e outras encomendas. Os Correios atribuíram os atrasos a ajustes contratuais com fornecedores. A empresa, que divulgou prejuízo de R$ 2,6 bilhões em 2024, anunciou medidas para economizar R$ 1,5 bilhão neste ano.
Conforme Wilton, em Mato Grosso do Sul, o impacto sentido pela população está relacionado ao movimento realizado em outros estados. “Eles [terceirizados] fizeram um movimento de paralisação nesses dias, isso a nível nacional. Mas afeta aqui, porque são da linha de transporte”, explica.
O presidente do Sintect detalha ainda que o recebimento das encomendas e as entregas no Estado já foram retomadas, com previsão de que tudo seja normalizado ainda nesta semana. “Na semana passada, 80% das linhas já estavam normalizadas.”
“A carga está chegando aqui e o pessoal está conseguindo dar vazão. Até colocar tudo em ordem, tudo o que ficou parado a nível nacional, demora um pouquinho, mas aqui o que tem chegado tem sido escoado, porque não houve nenhum tipo de paralisação”, afirma.
O Correios foi procurado pela reportagem para falar sobre o assunto, mas até o momento ainda não houve retorno. O espaço segue aberto.
Relembre — Em 9 de maio, os Correios divulgaram um relatório apontando prejuízo de R$ 2,6 bilhões em 2024, reforçando a crise enfrentada pela estatal nos últimos anos. Como resposta, a empresa anunciou medidas para economizar R$ 1,5 bilhão neste ano, entre elas a suspensão de férias e a redução de cargas horárias e salários.
No final de maio, os Correios justificaram que os atrasos nas encomendas ocorreram devido a “desafios na malha operacional, em função de ajustes contratuais com fornecedores estratégicos", conforme já haviam informado anteriormente. A greve dos servidores chegou a ser especulada como causa, mas a empresa não confirmou essa informação.
Em 19 de maio, moradores de São José do Rio Preto (SP) e Brasília (DF) relataram problemas com encomendas destinadas a Mato Grosso do Sul. Uma delas era um presente de Dia das Mães, que chegou com uma semana de atraso. Outra era um objeto de valor enviado a Bonito no dia 29 de abril, mas que ainda não havia chegado ao destinatário até a data da reclamação.
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