Corumbá terá nova estrutura de saúde de R$ 180 milhões em cinco anos
Atualmente, único hospital público da cidade está sob intervenção da prefeitura

Com problemas na saúde até agora insolúveis, Corumbá ganhará até 2030 um novo complexo hospitalar de alta resolutividade, com investimentos que passam de R$ 180 milhões. Atualmente, conta com uma rede defasada e demanda reprimida ao absorver o atendimento médico-hospitalar de uma microrregião de 200 mil habitantes, incluindo cidades bolivianas da fronteira, e uma crise interminável da Santa Casa, sob intervenção do município desde 2010.
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Corumbá receberá R$ 180 milhões em investimentos para a construção de um novo complexo hospitalar de alta resolutividade até 2030. A iniciativa visa solucionar os problemas de saúde da microrregião, que abrange 200 mil habitantes, incluindo cidades bolivianas, e enfrenta a crise da Santa Casa, sob intervenção municipal desde 2010. O projeto inclui um hospital regional de R$ 100 milhões, via Parceria Público-Privada (PPP), uma maternidade de R$ 60 milhões e uma policlínica regional de R$ 17 milhões, recursos do Novo PAC. O cronograma foi apresentado pelo secretário estadual de Saúde, Maurício Simões Corrêa, e pelo prefeito Gabriel Alves de Oliveira, à Câmara de Vereadores. O Estado tem prazo de cinco anos para concluir o hospital, conforme acordo com o Ministério Público Estadual. Além disso, um CAPS infantojuvenil será implantado na cidade e em Campo Grande. O repasse mensal para a Santa Casa, que acumula dívidas, aumentou para R$ 1,9 milhão do Estado, somado a R$ 1,2 milhão da prefeitura e da União.
O Governo do Estado está finalizando o projeto de um hospital regional de R$ 100 milhões – promessa de campanha do prefeito e médico Gabriel Alves de Oliveira -, cuja edificação será feita por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP). O Estado optou pela nova unidade do que aproveitar a estrutura da Santa Casa (Hospital de Caridade), um prédio histórico de 1904, no centro da cidade, que poderá se transformar em um shopping.
O cronograma dos investimentos – que agrega os municípios de Miranda e Ladário, dentro do sistema de regionalização do Estado – foi detalhado pelo secretário estadual de Saúde, Maurício Simões Corrêa, e pelo prefeito da cidade, em reunião com a Câmara de Vereadores. Na oportunidade, o prefeito anunciou a doação de uma área de 3,5 hectares ao Estado para as edificações, próxima ao hospital da Cassems, no bairro Popular Velha.
“A nova estrutura que estamos projetando será uma mudança de paradigmas na saúde pública no Pantanal”, disse o secretário, acrescentando que o Estado tem pressa em finalizar o projeto do hospital e colocá-lo em leilão, o que ocorrerá após a finalização do processo de consulta pública da PPP do Hospital Regional de Campo Grande, que deve ocorrer em outubro.
Socorro à Santa Casa - O novo hospital não é apenas uma necessidade urgente: o Estado tem prazo de cinco anos para coloca-lo em operação, conforme acordo firmado esse ano com o Ministério Público Estadual (MPE). Há três anos, o então governador Reinaldo Azambuja entregou um novo pronto-socorro para a cidade, que custou R$ 19 milhões.
Maurício Corrêa também anunciou mais duas obras, que sairão do papel provavelmente até o fim do ano: uma maternidade de 10 mil metros quadrados e uma policlínica regional (3.200m²), com recursos (R$ 17 milhões) carimbados do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Os projetos contemplavam Dourados, mas a prefeitura descartou alegando alto custo de manutenção a cargo do município.

Outro serviço previsto para Corumbá é um CAPS especializado em saúde mental infantojuvenil. A unidade, de acordo com o deputado estadual Paulo Duarte (PSB), presente à reunião, será implantada também em Campo Grande. “É uma conquista importante para a região, que historicamente carece de atendimento especializado nesse perfil”, afirmou o parlamentar.
O secretário ainda anunciou reajuste no valor da parcela mensal em socorro à Santa Casa de Corumbá, que está atolada em dívidas (mais de R$ 100 milhões em encargos, acumulados desde 2017) e opera no vermelho sob a gestão de uma junta administrativa. Pela contratualização, o repasse do Estado passou de R$ 1,4 milhão para R$ 1,9 milhão, em junho. A prefeitura participa com R$ 1,2 milhão, mesmo valor da União.