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Cidades

Empresário nega cobrança abusiva e diz que vai à Justiça por R$ 19,6 mil

Proprietários da DL Soluções diz que prestou serviço ao residencial sem receber entrada e, até hoje, não recebeu nada

Silvia Frias | 27/12/2019 10:50
Condomínio foi entregue em outubro deste ano, com 214 unidades (Foto: Henrique Kawaminami)
Condomínio foi entregue em outubro deste ano, com 214 unidades (Foto: Henrique Kawaminami)

Os donos da DL Soluções, empresa que prestou serviço para o condomínio Rui Pimentel I, o Jardim Centro-Oeste, rebateu as acusações dos moradores sobre cobrança abusiva e disse que iniciou o trabalho no residencial em outubro, sem receber.

“Não pagaram nem R$ 1”, disse Júlio César Ferreira dos Santos Borges, proprietário da DL Soluções, em sociedade com a esposa, Dayane Lemes de Oliveira. Agora, os empresários vão acionar a Justiça para receber os R$ 19,675 mil, valor que será acrescido por conta de quebra de contrato e atualização no decorrer do processo.

O residencial com 124 casas foi entregue no dia 7 de outubro deste ano. A maioria dos moradores é remanescente do grupo que morava no Cidade de Deus.

Ontem, os moradores denunciaram a empresa e a síndica, identificada apenas como Angélica, dizendo que houve cobrança abusiva dos serviços prestados: instalação de quatro câmeras, motor do portão, sensor, controles, limpeza e segurança. A dívida, hoje é de R$ 19,675 mil.

Os moradores dizem que os valores foram superfaturadas e houve pagamento em dobro, pelo mesmo serviço. Reclamam, também, da forma com que foram cobrados pelo proprietário da empresa.

Em contato com o Campo Grande News, Júlio Cesar e Dayane Lemes negam as acusações.

“O condomínio não tinha dinheiro em caixa, a gente fez o serviço sem cobrar entrada, a gente sabia que era novo”, disse Dayane. “Esse valor não é abusivo, é o serviço que prestamos; o que aconteceu é que entrou dinheiro em caixa e eles não quiseram pagar”.

Júlio César ratifica o que foi dito pela mulher explica que não é procedimento prestar serviço sem entrada, mas abriu exceção por ser condomínio novo. Ele nega que tivesse tido contato pessoal com os moradores e que as negociações sempre foram pela síndica. Depois que eles pediram a prestação de conta, as notas foram entregues via empresa administradora, que presta serviço ao Rui Pimentel I.

Segundo ele, a dívida deve ser acrescida da multa rescisória, já que os moradores retiraram o funcionário de serviços gerais do residencial. “O serviço foi feito e nada foi pago; se eles provarem que pagaram alguma coisa, o proprietário devolve 100 vezes mais”.

Eleição – os moradores também reclamaram do processo de escolha da síndica, em outubro, quando o residencial foi entregue. Questionaram os contratos firmados e dizem que receberam a informação de que a síndica foi orientada pela agência habitacional a assinar os contratos.

Em nota, a AMHASF (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários), a antiga Emha, explicou que a escolha do síndico é feita mediante assembleia constituída por beneficiários (50% + 1), conforme determina o Programa Minha Casa, Minha Vida.

“A AMHASF refuta veementemente os questionamentos infundados, levantados pelos moradores, que ora foram divulgados na matéria e reafirma que nenhum servidor obrigou quaisquer beneficiários a assinar contratos com essas empresas terceirizadas, já que este processo em nada teve intermediação da Agência”.

Sobre a dívida dos moradores, a agência informou que devem ser resolvidos em nova assembleia. “Cabe ressaltar que esta situação se dá por um problema alheio à Agência, ou seja, decorrente de ingerência ou inaptidão administrativa (frisando que o síndico foi eleito pelos próprios condôminos) já que, até o momento, não houve reclamação de mesma natureza no Rui Pimentel II.”

A reportagem tentou novamente contato com a síndica, mas não obteve retorno.

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