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Cidades

INSS atribui aumento de filas às greves e mudança na lei

Instituto afirma que está trabalhando para reduzir as filas e peritos rebatem às críticas à paralisação

Por Ketlen Gomes | 23/05/2025 16:15
INSS atribui aumento de filas às greves e mudança na lei
Fila de espera em agência do INSS na Capital. (Foto: Marcos Maluf)

O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) atribuiu o aumento das filas de espera para perícia médica e cumprimento de exigências documentais a “uma série de fatores”, entre eles as greves dos servidores do órgão em 2024 e a paralisação dos peritos médicos da Previdência Social.

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O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) justifica o aumento das filas de espera para perícia médica e documentação citando as greves dos servidores em 2024, que duraram 114 dias, e a paralisação dos peritos médicos, que se estendeu por 230 dias. A nova exigência de biometria para o Benefício de Prestação Continuada também contribuiu para o acúmulo. A demanda por serviços dobrou, passando de 700 mil requerimentos mensais em 2022 para 1,4 milhão em 2025. Em Mato Grosso do Sul, 41.535 pessoas aguardam análise de benefícios, enquanto no Brasil o número chega a 2,7 milhões. O INSS promete medidas como mutirões e contratação de novos servidores para reduzir as filas.

Em nota, o instituto informou que a greve dos servidores, no ano passado, durou 114 dias, enquanto a paralisação dos peritos médicos se estendeu por mais de 230 dias, de agosto de 2024 até 11 de abril deste ano.

Outro fator apontado pelo INSS é a nova exigência de biometria para o BPC (Benefício de Prestação Continuada), estabelecida pela Lei nº 15.077/2024, que também contribuiu para o represamento dos atendimentos.

“Tudo isso ocorre em um cenário de forte crescimento na demanda: a média mensal de requerimentos saltou de 700 mil em 2022 para mais de 1,4 milhão em 2025”, informou o instituto.

Apesar do cenário, o INSS afirma que está implementando medidas estruturantes para reduzir a fila de espera, como a realização de mutirões anuais e a contratação de novos servidores, que começaram a tomar posse nesta semana. “As ações refletem o compromisso do Instituto e do Ministério da Previdência Social com a garantia dos direitos dos segurados e a eficiência no atendimento à população”, finaliza a nota.

Conforme dados do Boletim Estatístico da Previdência, de março deste ano, Mato Grosso do Sul tinha 41.535 pessoas aguardando análise de requerimentos de benefícios, enquanto, no Brasil, o número chegava a 2,707 milhões. Em Campo Grande, usuários relatam remarcações constantes de perícia e meses de espera pelo atendimento.

Em resposta, a ANMP (Associação Nacional dos Peritos Médicos Federais) rebateu o INSS e afirmou que a paralisação da categoria não é a causa da fila, mas “consequência do descaso do próprio governo federal, que rompeu o acordo firmado em 2022 com os peritos médicos”.

A entidade afirma que o acordo previa melhorias nas condições de trabalho e recomposição salarial, mas não foi cumprido, o que levou os profissionais à greve. “Além disso, segundo afirmou o próprio governo em diversas ocasiões, a greve teve baixa adesão e não impactou o fluxo de atendimentos, de modo que não poderia figurar como causa de impacto relevante para o atual estoque”, destacou.

A ANMP atribui o aumento da fila à “adoção da política de extrema facilitação da concessão de auxílio-doença, mediante apresentação de simples atestados particulares e sem perícia médica”.

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