ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram Campo Grande News no TikTok Campo Grande News no Youtube
JUNHO, DOMINGO  15    CAMPO GRANDE 19º

Cidades

Lei Maria da Penha vai se aplicar em casais homoafetivos, travestis e trans

Decisão foi unânime no STF e vai levar em consideração a dinâmica do casal

Por Kamila Alcântara | 22/02/2025 19:05
Lei Maria da Penha vai se aplicar em casais homoafetivos, travestis e trans
Bandeira que representa a comunidade LGBTQIAP+, durante a Parada Gay em Campo Grande (Foto: Arquivo)

O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu, por unanimidade, nesta sexta-feira (21), que a Lei Maria da Penha se aplica a casais homoafetivos masculinos e a mulheres travestis e transexuais. A decisão amplia a proteção contra a violência doméstica para além das relações heterossexuais.

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

O STF decidiu que a Lei Maria da Penha se aplica a casais homoafetivos masculinos e a mulheres travestis e transexuais, ampliando a proteção contra a violência doméstica. A decisão reconhece que a lei abrange todas as pessoas com identidade de gênero feminina e casais homoafetivos onde há subordinação. A medida foi tomada devido à omissão do Congresso em legislar sobre o tema, atendendo a um pedido da ABRAFH. A decisão visa garantir proteção igualitária em todas as formas de entidades familiares.

Sancionada em 2006, a Lei Maria da Penha foi originalmente criada para proteger mulheres vítimas de agressões no ambiente familiar. Com a nova interpretação do STF, "todos os tipos de entidades familiares" passam a ser abrangidos pela legislação.

No caso de travestis e transexuais, os ministros entenderam que a lei se aplica a todas as pessoas com identidade de gênero feminina, independentemente do sexo biológico. O ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, afirmou que "a conformação física externa é apenas uma, mas não a única, das características definidoras do gênero".

Para casais homoafetivos masculinos, o STF reconheceu que, em algumas relações, pode haver uma dinâmica de subordinação semelhante à observada em relações heterossexuais violentas. Assim, a proteção da lei pode ser estendida a homens em posição de subalternidade dentro da relação.

A decisão foi tomada após a constatação de omissão do Congresso Nacional em legislar sobre o tema, o que poderia gerar lacunas na proteção contra a violência doméstica. O julgamento ocorreu no plenário virtual do STF e atendeu a um pedido da ABRAFH (Associação Brasileira de Famílias HomoTransAfetivas).

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.

Nos siga no Google Notícias