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"Mais escassa" no mercado ilegal, cocaína teve alta de preço neste ano

Levantamentos apontam que o quilo da droga passou de R$ 20 mil para R$ 25 mil neste ano

Liniker Ribeiro e Clayton Neves | 25/10/2020 09:45
Compartimento de bitrem escondia mais de 440 kg de cocaína na fronteira (Foto: PRF/Divulgação)
Compartimento de bitrem escondia mais de 440 kg de cocaína na fronteira (Foto: PRF/Divulgação)

Levantamentos baseados em investigações da Polícia Civil apontam que o ano de 2020 está tão atípico, que provocou inflação até para a cocaína, mesmo sem aumento no volume de apreensão. Análises do departamento de inteligência da Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico) indicam que o preço do quilo da droga, que  antes custava cerca de R$ 20 mil, foi reajustado em pelo menos R$ 5 mil, este ano. É uma alta de 25%.

Percebemos que o valor da comercialização da droga aumentou. Investigações apontam que a cocaína está mais escassa, em Campo Grande, e mais cara. Antes o quilo era vendido a R$ 20 mil e agora a R$ 25 mil”, aponta o delegado Hoffman D'Ávila Cândido e Sousa, da Denar.

Ainda segundo o delegado, o quilo da pasta-base também ficou mais caro. Antes custava aproximadamente R$ 18 mil. Agora, está sendo comercializado a R$ 22 mil.

Para o delegado titular da Denar, Gustavo Ferraris, o aumento do preço pode estar associado ao maior número de prisões de traficantes. “O aumento do preço está ligado a oferta e procura, grandes fornecedores têm sido presos. A Denar está trabalhando para combater isso, recebe denúncias e faz investigações para combater o tráfico”, pontua.

Investigações como a que, nesta semana, fechou laboratório artesanal de refino de cocaína, na Capital. A produção era feita em local onde lava-jato servia de fachada para esconder a prática irregular. O dono do negócio, um homem de 33 anos, foi preso na quarta-feira (21) quando saia de casa com droga escondida na cueca.

Delegado Hoffman D'Ávila avalia que cocaína está escassa em Campo Grande (Foto: Kísie Ainoã)
Delegado Hoffman D'Ávila avalia que cocaína está escassa em Campo Grande (Foto: Kísie Ainoã)

De acordo com informações do delegado Hoffman, responsável pelo caso, o suspeito era monitorado pela Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico) há cerca de uma semana, mas outras investigações têm durado até mais de um mês.

Ainda sobre o caso citado, D'Avila afirma que o responsável pelo laboratório adquiria a droga fora da Capital, em Miranda, a 201 quilômetros, justamente pela falta registrada aqui.

Depois de comprada, a cocaína era refinada no depósito que mantinha e revendida para pequenos traficantes de diversos bairros da cidade. Após o refino feito, o autor dobrava a quantidade de droga que adquirida.

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