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Cidades

Mandetta é citado em depoimento que envolve Witzel em propina

Ex-secretário de Saúde do Rio teria desistido de punir uma entidade após participar de uma reunião com o ex-ministro de MS

Adriano Fernandes | 13/01/2021 21:40
Ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. (Foto: Reprodução/Facebook)
Ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. (Foto: Reprodução/Facebook)

O ex-ministro da Saúde sul-mato-grossense, Luiz Henrique Mandetta foi citado pelo pastor e empresário Edson Torres em seu depoimento no processo de impeachment do governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC). Torres confessou ter participado dos desvios de dinheiro da Saúde do Rio, que era destinado para os envolvidos no esquema de corrupção, entre eles, Witzel.

De acordo com o jornal Folha de São Paulo o empresário afirmou nesta quarta-feira (13), que o ex-secretário de Saúde do Rio, Edmar Santos desistiu de punir uma entidade após participar de uma reunião entre o advogado da entidade, Roberto Bertholdo, e o ex-ministro Mandetta.

A entidade mencionada é o Iabas, que foi contratada para montagem e gestão dos hospitais de campanha no Rio, apesar de uma série de irregularidades cometidas na gestão de unidades de saúde no estado. O contrato para montagem e gestão dos hospitais de campanha é um dos pivôs do processo de impeachment de Witzel.

“No início de 2019, falávamos da incapacidade de gestão do Iabas no [Hospital] Adão Pereira Nunes, que seria necessário retirá-lo. Depois de 15 dias, Edmar voltou de uma reunião em Brasília com o [ex-]ministro Mandetta. Ele disse que lá, no gabinete do Mandetta, foi apresentado ao [Roberto] Bertholdo, e que pediu para poder fazer uma gestão para manter o Iabas”, disse Torres. Mandetta foi procurado pela Folha de São Paulo, mas ainda não se manifestou sobre o suposto encontro.

Bertholdo é advogado do Iabas e apontado pelas investigações como o real dono da entidade. Ele foi preso na Operação Tris In Idem. Ainda conforme a Folha de S. Paulo o Iabas já havia sido proibido pela Prefeitura do Rio de Janeiro de participar de licitações para gestão de unidades de saúde em razão de erros administrativos graves em contratos, gerando danos aos cofres públicos.

Ainda assim, a instituição foi escolhida sem licitação para gerir sete hospitais de campanha inicialmente por R$ 835,8 milhões. Witzel é acusado de ter responsabilidade nas fraudes para a contratação do Iabas. O governador afastado ainda receberia parte dos cerca de R$ 50 milhões recolhidos pelo esquema de desvios de dinheiro, entre 2019 e início de 2020.

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