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Cidades

Médicos restringem atendimento e maternidade atende só urgência

Em crise financeira, unidade recebe cerca de R$ 1,5 milhão mensais, mas apresenta déficit mensal de R$ 500 mil no mesmo período

Gabriel Neris | 20/12/2019 14:10
Entrada da Maternidade Cândido Mariano, em Campo Grande (Foto: Paulo Francis/Arquivo)
Entrada da Maternidade Cândido Mariano, em Campo Grande (Foto: Paulo Francis/Arquivo)

O atendimento na Maternidade Cândido Mariano, em Campo Grande, que passa por grave crise financeira está ocorrendo apenas para casos de urgência e emergência, de acordo com o presidente do Sinmed-MS (Sindicato dos Médicos), Marcelo Santana Silveira.

“O que é considerado eletivo é encaminhado para outra unidade [de saúde]”, alerta. Ele diz que é necessário avisar que situações de risco não foram suspensas.

Segundo ele, as negociações com as Secretarias de Saúde do Estado e Município continuam. A unidade recebe do SUS (Sistema Único de Saúde) cerca de R$ 1,5 milhão mensais, mas apresenta déficit mensal de R$ 500 mil no mesmo período.

Cerca de 100 profissionais decidiram paralisar as atividades em forma de protesto contra o atraso no pagamento de salários. De acordo com o sindicato, a situação está ocorrendo há pelo menos dois meses.

Os profissionais receberam na semana passada os 40% do salário de setembro, mas seguem em atraso os vencimentos de outubro e novembro.

As secretarias defendem que o repasse está em dia. São R$ 991 mil de recurso federal, R$ 245 mil do governo do Estado e mais R$ 314 mil da Prefeitura de Campo Grande, totalizando R$ 1,5 milhão. A senadora Soraya Thronicke informou que repassará R$ 500 mil em emenda parlamentar para ajudar o custeio da unidade.

A assessoria de comunicação da SES (Secretaria de Estado de Saúde) informou que a contratualização dos serviços prestados é feito com o município. Por telefone, o secretário Geraldo Resende disse que “está aberto ao diálogo”.

A Sesau (Secretaria de Saúde Pública) foi procurada e informou que há conversas para a possibilidade de aumento de repasse. Anteriormente, a secretaria havia informada em nota que tinha pendência de R$ 61,5 mil em relação a dezembro e que este valor seria pago até hoje. “Não havendo, portanto, a partir da efetivação do mesmo, mais nenhuma pendência financeira por parte do município com a unidade hospitalar”.

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