Mesmo racionada por ministério, vacina BCG não vai faltar em MS
A única fábrica nacional que produz a BCG está interditada desde 2016
Mesmo com o anúncio do Ministério da Saúde aos estados para racionarem o uso da vacina BCG, que previne da tuberculose, a SES (Secretaria de Estado de Saúde) informou que não há riscos de desabastecimento do imunizante em MS.
No final de abril, o órgão ministerial encaminhou às unidades federativas circular informando que a disponibilidade da vacina estava limitada no estoque nacional devido dificuldades na aquisição. A queda seria de 1,2 milhão de doses por mês (média de janeiro a março de 2022) para 500 mil doses mensais pelos próximos sete meses.
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“A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul informa que foi comunicada pelo Ministério da Saúde quanto a limitação de envio da vacina BCG para os estados. A SES/MS ressalta que não há risco de desabastecimento da vacina para Mato Grosso do Sul”, destacou a secretaria em nota.
BCG – já há alguns anos que a disponibilidade da vacina BCG está com problemas. Em 2016 houve desabastecimento, assim como em 2019. Há seis anos
Desde 2016, a única fábrica nacional que produz a BCG e a Onco BCG (aplicada em pacientes com câncer), pertencente à FAP (Fundação Atalpho de Paiva), no Rio de Janeiro (RJ), passou por sucessivas interdições da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), e desde então, o fornecimento passou a ficar intermitente.
A assessoria de imprensa da Anvisa informou que a fábrica, no bairro de São Cristóvão, segue interditada. Enquanto isso, uma nova fábrica da fundação em Duque de Caxias (RJ), em construção desde 1989, ainda não foi inaugurada.
Conforme a BBC Brasil, o país adquire a vacina, atualmente, do Fundo Rotatório da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), braço regional da OMS (Organização Mundial da Saúde). O Ministério da Saúde não respondeu por que haverá redução no quantitativo nos próximos sete meses e se houve algum problema com o fornecimento através do Fundo Rotatório.
Em nota, a pasta escreveu que “essa readequação se refere a toda tramitação do processo de aquisição, que envolve a compra propriamente, o desembaraço alfandegário e autorização pela Anvisa para a entrada do produto no país, o qual, posteriormente, é enviado para análise do controle de qualidade do INCQS antes de ser distribuído para as salas de vacina”.