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Cidades

MP pede prisão, mas Justiça mantém PRF livre após condenação por morte

Policial foi condenado por homicídio e duas tentativas e ainda tem direito a recorrer em liberdade da sentença

Silvia Frias | 19/05/2021 11:16
Ricardo Moon, no dia do julgamento, em 2019, em Campo Grande (Foto/Arquivo)
Ricardo Moon, no dia do julgamento, em 2019, em Campo Grande (Foto/Arquivo)

A Justiça em Campo Grande indeferiu pedido de execução da sentença contra o policial rodoviário federal Ricardo Hyun Su Moon, 52 anos, pedida pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), quase 2 anos após o julgamento que o condenou a 23 anos e 4 meses de prisão por homicídio e duas tentativas de homicídio.

O pedido de prisão do policial, conhecido entre os colegas como “Coréia”, foi formulado pelo promotor José Arturo Iunes Bobadilla Garcia. No documento enviado à 1ª Vara do Tribunal do Júri, no dia 7 de maio, o MPMS alega que foi realizada “extensa manobra recursal” com intuito de “furtar-se da pena” imputada pelo Conselho de Sentença, no dia 30 de maio de 2019.

A promotira alega que a sentença condenatória, já referendada pelo TJ, não pode ser examinada como se fosse sentença de juízo singular, por se tratar da soberania dos vereditos. Por isso, o MPMS pede que seja executda imediatamente, com recolhimento ao cárcere.

Em resposta, anexada ao processo no dia 12 de maio, o juiz Carlos Alberto Garcete avaliou que ainda há recurso extraordinário em trâmite no STJ (Superior Tribunal de Justiça) e, por isso, não se esgotaram as vias recursais.

“Assim, indefiro o requerimento de execução imediata da pena aplicada”.

Sentença - No dia 30 de maio de 2019, Ricardo Hyn Su Moon foi condenado a 23 anos e quatro meses pelo assassinato do empresário Adriano Correia do Nascimento, e pela tentativa de homicídio contra Vinícius Cauã Ortiz Simões e Agnaldo Espinosa da Silva, cometidos durante uma briga de trânsito.

Tudo aconteceu na manhã do dia 31 de dezembro de 2016, na Avenida Ernesto Geisel, esquina com a Rua 26 de Agosto, em Campo Grande. O PRF conduzia um veículo Mitsubishi Pajero, enquanto Adriano estava em uma caminhonete Toyota Hilux.

Atingido por tiros, o empresário perdeu o controle do veículo e a caminhonete bateu em um poste. De acordo com a acusação, o policial matou Adriano e tentou matar as outras duas vítimas, atirando várias vezes. A defesa alega que ele agiu em legítima defesa.

No dia 8 de março deste mês, Moon foi socorrido em casa, no bairro Monte Castelo, desacordado.

A PRF informou, por meio da assessoria de imprensa, que Su Moon estava de licença médica, mas que só ele ou a família poderiam dar alguma informação sobre o estado de saúde do policial, uma vez que dados médicos são sigilosos.

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