ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram Campo Grande News no TikTok Campo Grande News no Youtube
DEZEMBRO, SEXTA  26    CAMPO GRANDE 31º

Cidades

Praças, rios e balneários viram refúgio diante de onda de calor em MS

Moradores da região têm buscado alternativas para enfrentar altas temperaturas registradas

Por Dayene Paz | 26/12/2025 11:04
Praças, rios e balneários viram refúgio diante de onda de calor em MS
Moradores de Três Lagoas em praça para driblar calor. (Foto: Alfredo Neto)

Moradores de municípios da região nordeste de Mato Grosso do Sul estão sob alerta diante de onda de calor extremo prevista para este semana. O jeito é buscar alternativas para enfrentar máximas que se aproximam dos 40°C. Rios, balneários e áreas de lazer ao ar livre se tornaram os principais refúgios da população.

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

Moradores de municípios do interior de Mato Grosso do Sul buscam alternativas para enfrentar onda de calor com temperaturas próximas aos 40°C. Rios, balneários e áreas de lazer ao ar livre tornaram-se os principais refúgios da população em cidades como Três Lagoas, Água Clara e Cassilândia. O Instituto Nacional de Meteorologia emitiu alerta de "Grande Perigo" válido entre 23 e 29 de dezembro de 2025, com temperaturas 5°C acima da média por mais de cinco dias consecutivos. O fenômeno é causado por bloqueio atmosférico que dificulta a formação de chuvas e favorece a permanência do calor.

Em Três Lagoas, cidade a 327 km da Capital, o jornalista Alfredo Neto relata que o calor intenso já faz parte da rotina. “A gente sabe na pele o calor que está fazendo. Aqui o pessoal vai para os rios, como a Cascalheira e Jupiá, às margens do Rio Paraná, além do Balneário Municipal, no Rio Sucuriú”, conta.

Praças, rios e balneários viram refúgio diante de onda de calor em MS
Balneário de Três Lagoas é bastante frequentado por famílias. (Foto: Divulgação)

Já em Água Clara, o cenário é semelhante. Segundo o morador Paulinho Munhoz, muitas vezes não há para onde fugir. “É ar-condicionado, ventilador e os rios que banham a cidade. O problema é que isso chega a um ponto perigoso, porque já tivemos muitas mortes no Rio Verde. Também tem o Rio Barra Mansa e o Boa Vista. E o pessoal consome bastante tereré para tentar amenizar o calor”, afirma.

Em Cassilândia, a falta de um balneário municipal é sentida pela população. “Aqui as pessoas vão para balneários de fora ou para o rio para se refrescar. Devia ter um balneário em Cassilândia para as famílias passarem o dia. Eu sempre vou ao rio com a minha família”, diz o morador Erike Aguiar.

Praças, rios e balneários viram refúgio diante de onda de calor em MS
Rio Verde em Água Clara é uma das opções para famílias. (Foto: Divulgação)

Onda de calor - O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) emitiu um aviso de onda de calor com grau de severidade “Grande Perigo”, válido entre 23 de dezembro de 2025, às 15h, e 29 de dezembro de 2025, às 18h. O alerta indica risco à saúde, com temperaturas pelo menos 5°C acima da média por mais de cinco dias consecutivos.

As cidades de Mato Grosso do Sul afetadas são: Água Clara, Anaurilândia, Aparecida do Taboado, Chapadão do Sul, Bataguassu, Batayporã, Brasilândia, Cassilândia, Inocência, Paranaíba, Selvíria, Três Lagoas e Santa Rita do Pardo.

A recomendação é que a população, em caso de emergência, entre em contato com a Defesa Civil pelo telefone 199.

Entenda - A nova onda de calor ganha força logo na primeira semana do verão, que começou sob a atuação de um bloqueio atmosférico sobre parte do Brasil. Esse fenômeno é causado por grandes sistemas de alta pressão, que dificultam a formação de chuvas mais organizadas e favorecem a permanência do calor por vários dias.

Mesmo assim, pancadas de chuva isoladas ainda podem ocorrer, típicas do verão, algumas com forte intensidade e acompanhadas de raios.

Ondas de calor podem acontecer em qualquer época do ano, mas são mais intensas na primavera e no verão, quando há maior incidência solar. A Organização Meteorológica Mundial considera onda de calor quando as temperaturas ficam ao menos 5°C acima da média por cinco dias ou mais.

Outro fator que agrava o desconforto é a ocorrência de noites abafadas, com temperaturas mínimas elevadas, dificultando a perda de calor acumulado durante o dia e aumentando o desgaste físico, especialmente em áreas urbanas.

O aumento na frequência e intensidade das ondas de calor é um alerta antigo da Organização Meteorológica Mundial e da Organização Mundial da Saúde.

Os anos de 2023 e 2024 foram os mais quentes já registrados desde o período pré-industrial (1850–1900). Em 2024, pela primeira vez, a temperatura média global ultrapassou o limite de 1,5 °C, considerado um patamar de alerta pelo Acordo de Paris.

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.