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Cidades

Preso preventivamente, Jerson Domingos chega dirigindo à delegacia

“Estamos no escuro”, diz advogado de conselheiro sobre motivo da prisão

Anahi Zurutuza e Clayton Neves | 18/06/2020 12:41
Conselheiro Jerson Domingos chegou ao Garras dirigindo Hilux preta (Foto: Clayton Neves)
Conselheiro Jerson Domingos chegou ao Garras dirigindo Hilux preta (Foto: Clayton Neves)

Preso preventivamente pela terceira fase da Operação Omertà, o conselheiro do TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul), Jerson Domingos, acaba de chegar à sede do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros). Ele estava dirigindo uma caminhonete Toyota Hilux preta, escoltada por uma caminhonete branca descaracterizada, e não falou com a imprensa.

Jerson tentou entrar por um dos acessos e baixou o vidro do carro para falar com os fotojornalistas de plantão no local. “Pode fotografar de longe, não vem encostar no meu carro”, disse (veja o vídeo). Ele não conseguiu acesso e deu volta para entrar por outro portão.


Um pouco antes, o Campo Grande News conversou com o advogado André Borges, que defende Domingos e já estava no Garras esperando cliente. Ele disse que recebeu ligação do conselheiro por volta da 10h. Jerson disse que estava sendo preso, na fazenda dele, em Rio Negro – a 144 km de Campo Grande –, e o defensor o orientou a obedecer às ordens judiciais.

Borges disse ainda que não sabe ainda o que embasou a Justiça a decretar a prisão preventiva (por tempo indeterminado) do cliente. “Nem eu como advogado, nem ele que está sendo preso e nem a família sabem o motivo desta prisão”.

O advogado condena o procedimento. “Acho uma coisa errada e frequente em operações o juiz liberar o teor da investigação só após os mandados cumpridos. Fazem isso para evitar vazamentos, mas é o direito de todo o cidadão ser informado no ato da prisão a razão por estar sendo preso. Sabemos que não é ilegal, mas eu não acho que seja correto. Estamos no escuro”.

Mais cedo, equipe do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) esteve no condomínio onde Jerson mora, o Edifício Renoir, próximo ao Shopping Campo Grande. Conforme apurado pela reportagem, os agentes chegaram por volta das 6h e saíram 30 minutos depois. A equipe foi recebida pela esposa do empresário e foi ela quem informou que o marido estava na fazenda.

André Borges chegou à delegacia minutos antes do cliente (Foto: Clayton Neves)
André Borges chegou à delegacia minutos antes do cliente (Foto: Clayton Neves)


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