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Cidades

Rapaz que matou namorada atropelada em "brincadeira" é denunciado por homicídio

Processo está na 1ª Vara do Tribunal do Júri e Rafael Carrelo deve responder, ainda, por dirigir alcoolizado

Silvia Frias e Viviane Oliveira | 05/07/2021 11:46
Rafael (camisa rosa) preso após o atropelamento, no dia 15 de maio, em Campo Grande (Foto/Arquivo: Kisie Ainoá)
Rafael (camisa rosa) preso após o atropelamento, no dia 15 de maio, em Campo Grande (Foto/Arquivo: Kisie Ainoá)

Rafael de Souza Carrelo, 19 anos, foi denunciado por homicídio simples, combinado com direção alcoolizada pelo atropelamento da namorada, Mariana Vitória Vieira de Lima, no dia 15 de maio, em Campo Grande. Antes do acidente, a jovem estava no capô do carro conduzido por ele, no que seria uma “brincadeira” do casal.

A denúncia foi ofertada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) e aceita, no dia 2 de julho, pelo juiz Aluizio Pereira dos Santos, em substituição na 1ª Vara do Tribunal do Juri, em Campo Grande.

Pelo documento, Rafael Carrelo irá responder pelo artigo 121 do Código Penal (homicídio simples), combinado com artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro (conduzir veículo sob efeito álcool).

A morte de Mariana aconteceu após atropelamento, na madrugada de 15 de maio. A perícia da Polícia Civil constatou que Rafael dirigia a aproximadamente 95 km/h momento antes de entrar na curva da Avenida Arquiteto Rubens Gil de Camilo, em frente ao Shopping Campo Grande, onde perdeu o controle da direção, derrapou na pista e bateu no meio-fio.

Mariana estava em cima do capô, foi arremessada no acidente e atropelada pelo namorado. A perícia, no entanto, não conseguiu identificar o momento em que ela caiu.

Segundo o documento, a alta velocidade foi determinante para o acidente e consequentemente para a morte de Marina. Isso porque os exames constataram que o limite de velocidade em que um veículo como o dirigido por Rafael conseguiria fazer a curva com segurança é de 88 km/h. Acima disso, não era possível manter a estabilidade do carro.

Em depoimento, o rapaz negou a intenção de matar, disse que os dois estavam “brincando” e, momentos antes, era ele quem estava em cima do capô do carro, neste momento, conduzido por Mariana. A Polícia Civil teve acesso a imagens que comprovam a versão de Rafael.

O rapaz também alega não ter lembrança completa da noite, por estar embriagado. Bafômetro indicou ainda alto teor de álcool no sangue de Rafael: 0,89 miligramas por litro.

Rafael Carrelo chegou a ser preso, mas, posteriormente, foi colocado em liberdade vigiada, com uso de tornozeleira eletrônica.

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