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Capital

Rafael dirigia a 95 km/h com namorada em cima do capô quando causou acidente

O execesso de velocidade foi causa determinante para a morte de Mariana Vitória, que acabou atropelada

Geisy Garnes | 28/06/2021 12:04
Laudo foi produzido com base nas informações recolhidas do local do crime (Foto: Kisíe Ainoã)
Laudo foi produzido com base nas informações recolhidas do local do crime (Foto: Kisíe Ainoã)

Rafael de Souza Carrelo, de 19 anos, dirigia a 95 km/h com a namorada Mariana Vitória Vieira Lima em cima do capô do carro, quando perdeu o controle da direção, a atropelou e matou no dia 15 de maio. A velocidade foi revelada pelos laudos da perícia e é apontada como a causa determinante da morte da jovem de apenas 19 anos.

O laudo foi construído com base nas informações recolhidas do local do crime e em imagens do acidente. Conforme os peritos, Rafael dirigia a aproximadamente 95 km/h momento antes de entrar na curva da Avenida Arquiteto Rubens Gil de Camilo, em frente ao Shopping Campo Grande, onde perdeu o controle da direção, derrapou na pista e bateu no meio-fio.

A jovem estava em cima do capô, foi arremessada no acidente e atropelada pelo namorado. A perícia, no entanto, não conseguiu identificar o momento em que Mariana caiu.

Segundo o documento, a alta velocidade foi determinante para o acidente e consequentemente para a morte de Marina. Isso porque os exames constataram que o limite de velocidade em que um veículo como o dirigido por Rafael conseguiria fazer a curva com segurança é de 88 km/h. Acima disso, não era possível manter a estabilidade do carro.

Rafael responde por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, mas chegou a ser preso no dia do crime (Foto: Kísie Ainoã)
Rafael responde por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, mas chegou a ser preso no dia do crime (Foto: Kísie Ainoã)

O laudo foi concluído no dia 30 de maio e enviado ao Ministério Público no dia 23 de junho, que agora tem 10 dias para se manifestar sobre o resultado.

Rafael responde por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, desde 18 da maio. Ele chegou a ser preso por homicídio qualificado por feminicídio, mas em audiência de custódia a juíza Eucélia Moreira Cassal acatou os argumentos da defesa e entendeu que a morte de Mariana aconteceu durante “brincadeira” no trânsito.

Ao mudar a tipificação do crime, a magistrada também substituiu a prisão em flagrante por domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica. No dia o acidente, Rafael fez o teste do bafômetro e o resultado deu positivo para embriaguez.

“Brincadeira” – Em depoimento, Rafael relatou que os dois faziam “uma brincadeira” quando o acidente aconteceu.

Primeiro, ele se pendurou no capô do Toyota Etios, que pertencia à vítima, e ela dirigiu. Depois, foi a vez dela se agarrar ao veículo pela parte externa e ele conduzir. Os dois percorreram a Avenida Afonso Pena, mas em curva na Avenida Arquiteto Rubens Gil de Camilo, em frente ao Shopping Campo Grande, ele perdeu o controle da direção, bateu no meio-fio e passou com o carro por cima da jovem.

Imagens a que a Polícia Civil teve acesso confirmam versão apresentada por Rafael. No vídeo, gravado momentos antes de a garota ser atropelada, ele aparece em cima do automóvel enquanto a vítima conduzia o veículo, dando peso ao depoimento em que o rapaz.

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