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Cidades

"Triste", define sindicato sobre profissionais de saúde que rejeitam vacina

Até a data de hoje, 41,7 milhões de pessoas no mundo já tomaram algum dos imunizantes e nenhum deles causou complicações graves

Lucia Morel | 19/01/2021 18:46
Vacinação iniciada hoje na Capital começou em evento na prefeitura. (Foto: Henrique Kawaminami)
Vacinação iniciada hoje na Capital começou em evento na prefeitura. (Foto: Henrique Kawaminami)

Pode parecer um contrassenso, mas há profissionais de saúde em Mato Grosso do Sul que já comunicaram a decisão de não tomar vacina contra covid-19 agora. Até a data de hoje, 41,7 milhões de pessoas no mundo já tomaram alguma das vacinas existentes e nenhuma delas teve complicações graves, mesmo assim, a alegação de muitos é que só vão aceitar a imunização depois de mais testes.

O presidente do Sinmed (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul), Marcelo Santana, vê com surpresa esse posicionamento e diz que se entristece ao ouvir colegas comentando que não querem ser imunizados.

“Sem vacina, vamos ter a segunda, a terceira, a quarta, a quinta onda e não para mais”, afirma, sustentando que “um caminho novo para a pandemia é a vacina”, já que são os imunizantes os únicos capazes de tornar real a chamada imunidade de rebanho, evitando casos graves da doença.

O médico faz parte do atendimento da linha de frente da covid em Campo Grande e conta que, infelizmente, já ouviu de colegas um posicionamento contrário à vacina. “A maioria acredita nessas teorias da conspiração ou quer esperar para ver se a vacina não terá mais efeitos colaterais”, conta.

Santana diz ter ouvido isso tanto entre profissionais médicos quanto enfermeiros e técnicos. “Não podemos desestimular a vacinação, porque ela é um serviço a favor da sociedade”, avalia.

Ele aproveitou para comentar que o tratamento precoce, com drogas que servem para outras doenças, não é garantia de sucesso no tratamento e que estudos recentes mostram que o uso de tais medicamentos não mudam o desfecho do caso, seja ele com a cura do paciente ou com seu óbito. “A vacina é a única arma que a gente tem”, sentencia.

A vacinação em Mato Grosso do Sul começou na segunda-feira, simbolicamente pelo Hospital Regional de Campo Grande. Na primeira fase estão todos os profissionais de saúde e idosos que vivem em instituições como asilos.

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