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Cidades

Violência contra mulheres representa 30% das notificações em unidades de saúde

Em 2025, dos 24.247 agravos registrados em MS, 7,4 mil têm o público feminino como alvo

Por Lucia Morel | 07/12/2025 09:28
Violência contra mulheres representa 30% das notificações em unidades de saúde
Movimentação de pacientes na UPA Universitário. (Foto: Juliano Almeida/Arquivo)

Somente em 2025, dos 24.247 agravos notificados por serviços de saúde públicos ou privados de Mato Grosso do Sul, 11.848 foram de violência, seja ela doméstica, física, sexual ou autoprovocada. Nesse conjunto, as mulheres são a maioria das vítimas e representam 62,8% deste tipo de registros, o equivalente a 7.436 casos.

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A violência contra mulheres representa 30,6% dos registros em unidades de saúde de Mato Grosso do Sul, totalizando 7.436 casos em 2025. Do total de 24.247 agravos notificados, 11.848 foram relacionados à violência, sendo as mulheres 62,8% das vítimas. Na última década, foram registrados 109.351 casos de violência no estado, dos quais 68.989 vitimaram mulheres. A faixa etária mais afetada é de 0 a 34 anos, com destaque para meninas e mulheres até 17 anos, que representam 46,09% das ocorrências em 2025.

A violência contra a mulher representa 30,6% do total de agravos notificados até agora, este ano.

Os agravos são eventos que provocam dano à saúde e que, por exigência das normas de vigilância, precisam ser registrados pelos serviços públicos ou privados. Além dos casos de violência, entram intoxicações, acidentes graves, tentativas de suicídio e outras ocorrências consideradas relevantes pelo Ministério da Saúde. Cada vez que uma unidade identifica um desses casos, ela preenche uma notificação oficial.

Os dados são do Painel Mais Saúde, da SES (Secretaria de Estado de Saúde), com base no Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) do Ministério da Saúde.

Violência contra mulheres representa 30% das notificações em unidades de saúde
Imagem mostra todos os agravos registrados entre 2015 e este ano. (Foto: Reprodução)

O levantamento revela uma epidemia de violência. Entre todos os agravos de notificação obrigatória, é disparado o que mais aparece, concentrando 48,86% dos casos.

Violência contra mulheres representa 30% das notificações em unidades de saúde
Agravos de violçência de notificação compulsória em unidades de saúde. (Foto: Reprodução)

As demais notificações incluem doenças como sífilis, meningite, hanseníase, tuberculose e até intoxicações por picadas de animais peçonhentos; estas últimas são a segunda maior causa, com 7.405 ocorrências.

Na série histórica dos últimos dez anos, a violência segue no topo dos agravos mais registrados: são 109.351 de um total de 206.091 notificações. Entre as vítimas mulheres, esse padrão se repete. Elas somam 68.989 casos (33,48% de todos os agravos), o equivalente a 63,1% do total.

Faixa etária — A maior parte das vítimas mulheres tem entre 0 e 34 anos. Acima dessa idade, a frequência de registros cai. Considerando todos os dados desde 2015, a maior concentração está entre meninas e mulheres de 0 a 17 anos, que somam 31.259 casos.

Em 2025, o cenário se mantém: 3.427 agravos de violência (46,09%) ocorreram nessa faixa etária, dentro do universo de 7.436 registros envolvendo mulheres.

Violência contra mulheres representa 30% das notificações em unidades de saúde
Faixa etária das mulheres vítimas de violência em MS em 2025. (Foto: Reprodução)

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