O ex-marido da paraguaia Káthia Elizabeth Cristaldo,  identificado como Djalma, foi ouvido ontem pelo delegado de Ponta Porã, Mário Donizete, junto da conselheira tutelar Iraci Garcia de Oliveira. Para a polícia, ele amenizou o tom e disse que só tinha presenciado a mulher bater em um dos filhos do casal em uma ocasião, sem gravidade.

Porém, na sexta-feira, dia 16, Djalma falou à conselheira que a mulher agredia as crianças e que em uma ocasião teria, inclusive, estocado um lápis nas costas de uma delas, a menina de quatro anos. Káthia foi indiciada por torturar uma menina paraguaia de 12 anos, que mantinha presa e está no presídio da cidade.

Além de confirmar que a mulher batia nas crianças, o ex-marido chegou a dizer à conselheira que Káthia  estaria inclusive envolvida em esquema de tráfico de pessoas e disse que estava sendo ameaçado. Ele foi logo cedo ao Conselho Tutelar e informou à conselheira que registraria um boletim de ocorrência denunciando a ex-mulher por bater nas outras crianças.

Porém, isso não aconteceu. Ele negou à polícia que ela espancava as crianças e diante da divergência o delegado resolveu ouvir simultaneamente a conselheira e o ex-marido nesta terça-feira.