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Cidades

Adolescentes podem voltar à Unei mesmo sem reforma

Redação | 05/02/2009 18:21

Infiltrações nas paredes e portas correndo o risco de cair indicam que nenhuma obra foi feita na Unei (Unidade Educacional de Internação) de Três Lagoas, município distante 326 quilômetros de Campo Grande. Hoje, o juiz Eduardo Almeida vistoriou os alojamentos e viu de perto que a situação continua precária.

Os agentes denunciam as péssimas condições dos alojamentos, que devem voltar a receber adolescentes já na segunda-feira (09/02). Nesta data, vence o prazo de permanência de 15 garotos na delegacia da Polícia Civil da cidade, para onde foram transferidos, autorizada apenas de maneira provisória pela Justiça.

Dos 29 adolescentes que cumprem medida sócio-educativa na Unei, os 15 foram removidos à delegacia na segunda-feira (02/02). O acordo feito entre os servidores e o Poder Judiciário previa que os infratores somente permaneceriam no local durante uma semana.

Perto do fim do prazo para ocnclusão dos reparos, os agentes temem que mesmo sem as obras necessárias, os adolescentes sejam devolvidos à Unei.

Reclamações extras - Outra situação que causa medo nos servidores é a volta de um garoto, que segundo os agentes teve envolvimento com a morte de Luís Antônio Evangelista Nunes, 43 anos.

Ele era agente da Unei e foi morto no meio da rua, no Bairro Bela Vista. Para os colegas de trabalho da vítima, o assassinato está relacionado à atividade exercida pelo servidor.

Segundo os denunciantes, um ex-interno foi o responsável pelo homicídio e acabou detido hoje. A apreensão preocupa os agentes, que não querem atuar na custódia do garoto.

"Como vamos cuidar dele se ele matou nosso amigo", completa um agente, cujo nome será preservado. Os servidores afirmam sofrer represálias por parte da diretoria da Unei.

De acordo com os trabalhadores, José Lázaro Pereira de Oliveira, que responde interinamente pela Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), determinou o corte do ponto dos servidores que entraram em greve. Desde segunda-feira, eles fazem paralisações em Uneis do Estado para cobrar mudanças no sistema.

Uma das reivindicações da categoria foi acatada: decreto assinado pelo governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB) passa a coordenação das Uneis da Setas (Secretaria de Estado de Assistência Social) para a Sejusp.

Entretanto, a pauta de negociações entre a classe e o governo vai além. Eles cobram a solução de questões como: superlotação, aumento do efetivo e aquisição de material de contenção têm de ser resolvidas rapidamente para que a normalidade volte as Uneis do Estado.

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