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Cidades

Assembleia vai intermediar diálogo para evitar greve de policiais civis

Viviane Oliveira e Carlos Martins | 16/04/2013 11:18
Representantes dos policiais foram pedir apoio a deputados na AL (Foto: Giuliano Lopes/ALMS)
Representantes dos policiais foram pedir apoio a deputados na AL (Foto: Giuliano Lopes/ALMS)

A Comissão Permanente de Segurança Pública da Assembleia Legislativa, presidida pelo cabo Almi (PT), vai negociar uma saída para o impasse entre os policiais civis e o governador André Puccinelli (PMDB). A categoria ameaça entrar em greve no dia 2 de maio se não tiver uma resposta até lá.

Os policias querem um reajuste de 25% no salário e até agora não tiveram uma resposta do governo. Cerca de 120 policiais da Capital e do interior foram até a assembleia fazer uma mobilização para sensibilizar os deputados. O presidente do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul), Alexandre Barbosa da Silva, ocupou a tribuna para falar sobre as dificuldades dos policiais.

De acordo com Alexandre, a categoria ocupa hoje o 25º lugar no ranking dos salários dos policiais civil. “Hoje os policiais recebem R$ 2.361,21. A gente só perde para os Estados de Paraíba e Acre. No entanto, a Polícia Civil do MS ocupa o 6º lugar de resolução de crime e homicídios”, disse.

Alexandre afirma que desde 2006 as perdas vêm ocorrendo. “O salário mínimo cresceu 42% acima do salário da categoria que tem hoje um efetivo de 1.300 policiais na ativa”. Entre os policiais que compareceram à Assembleia, estavam representantes de Glória de Dourados, Fátima do Sul, Corumbá, Aquidauana, Ponta Porã, Paranaíba e Dourados.

No dia 8 de março, a categoria entregou uma proposta para o governador e ele mandou montar uma comissão envolvendo a secretaria de Justiça e Segurança Pública, Fazenda e Administração para avaliar o impacto que esse reajuste teria na folha, só que por enquanto a categoria não teve uma resposta.

Conforme o vice-presidente do sindicato, Roberto Simião de Souza, estudos realizados pelo Sinpol mostram que o reajuste de 25% representaria o acréscimo na folha de R$ 1,8 milhão. “Esse valor representa menos que o governo gasta com mídia, que é de R$ 5 a 6 milhões”, contesta.

Cabo Almi disse que os deputados estão à disposição para construir um diálogo de negociações com o governo. “A greve é um direito do trabalhador, mas vamos fazer um esforço para evitar que a paralisação aconteça, pois é a população que será prejudicada. Deve prevalecer o diálogo”, recomendou.

Entre as reivindicações, a categoria quer mudança no critério de promoção. Atualmente metade das promoções é por antiguidade e metade por merecimento. “Queremos que seja apena por antiguidade porque a promoção por merecimento muitas vezes envolve questão política e não competência”, justificou.

Os policiais também reclamaram das péssimas condições de trabalho, como por exemplo, viatura rodando com pneus carecas e delegacias lotadas de presos. Em relação às condições de trabalho, eles reclamam de prédios que estão em más condições, como é que o caso de Cepol (Centro Especializado de Polícia Civil) e da delegacia de Itaquiraí.

Na última sexta-feira, o sindicato teve reunido com a governadora em exercício Simone Tebet (PMDB), que ficou de marcar uma reunião assim que o governador André Puccinelli retornar da viagem ao exterior.

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