Autoridades cobram deputado sobre críticas à policial que matou assaltantes
Durante a solenidade que marcou a entrega de assinaturas das campanhas Reaja Brasil e Pelo Fim da Impunidade no Comando Geral da Policia Militar, autoridades e representantes da sociedade civil cobraram o deputado estadual Pedro Kemp (PT) sobre suas criticas a atuação do policial militar Evanildo Gomes, que matou dois assaltantes na semana passada na Capital.
O comandante da PM, Coronel Carlos Alberto David, afirmou que os assaltantes da Lotérica Parati tinham uma “extensa” ficha criminal e que deveriam estar presos e não “infernizando” a população. “Nos livramos de 2 criminosos, o deputado que criticou a ação se enganou e se equivocou, pois se fosse dar espaço, agora estaríamos chorando a morte do policial ou de outras vítimas, ele fez bem o seu serviço”, afirmou ele.
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Já Rubens Silvestrini, pai do adolescente Breno Silvestrini que foi vítima da violência, afirmou que Kemp está defendendo os direitos dos “manos” e que o parlamentar perdeu a oportunidade de ficar quieto. “Ele não sabe a pressão que a população e os policias sofrem no dia a dia, correndo atrás de bandido”, destacou.
Até o convidado do evento, o deputado estadual paulista major Olímpio Gomes, ressaltou que o deputado não pode ser “hipócrita”, já que um crime não é igual ao cenário de um filme de ação. “Lá não pode mudar as cenas, o bravo policial agiu no limite da lei”. O major ainda destacou que se fosse m São Paulo, este policial seria afastado, transferido e penalizado, mas aqui o respeito foi maior.
Rígido – O governador André Puccinelli (PMDB) preferiu não polemizar sobre o assunto, no entanto afirmou que aqueles que o criticam por ser “rígido” podem continuar, pois ele sempre vai trabalhar duro, mas nunca infringindo a lei. “Irei dar duas medalhas ao sargento da PM, uma para cada assaltante que ele mandou para o inferno”, voltou a repetir.
Caso - Por volta das 15h40 da última quarta-feira, o sargento Gomes estava na Lotérica Parati, na rua da Divisão, quando dois assaltantes chegaram e anunciaram o assalto. Eles começaram a agredir um funcionário da lotérica e estavam armados com pistola 9 mm e um revólver 38.
O policial estava a paisana e aguardou o momento certo para reagir. Ele escondeu o revólver calibre 38 no capacete. “Foi uma ação de cinco a 10 segundos”, contou Gomes, em entrevista ao Campo Grande News. Ele atirou e matou os dois ladrões, Helton Esquiver da Cunha, 19 anos, e William Mercado Nunes, 24 anos.
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