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Cidades

Campo Grande não é mais capital "mais gorda", mas ainda come errado

Levantamento feito com 2.011 campo-grandenses foi divulgado nesta segunda-feira pelo Ministério da Saúde

Ricardo Campos Jr. | 15/01/2018 12:33
Campo Grande é a capital com maior consumo de carne gordurosa e menor de hortaliças e frutas (Foto: Marina Pacheco/Arquivo)
Campo Grande é a capital com maior consumo de carne gordurosa e menor de hortaliças e frutas (Foto: Marina Pacheco/Arquivo)

Campo Grande perdeu o posto de capital brasileira com mais usuários de planos de saúde sofrendo de obesidade e excesso de peso, mas a população ainda derrapa nos hábitos alimentares. A cidade continua com o maior índice de consumo de carnes com excesso de gordura e figura entre os piores de hortaliças e frutas.

Essas informações constam no relatório da Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) referente ao ano de 2016, divulgada nesta segunda-feira (15) pelo Governo Federal.

O levantamento, feito com 2.011 campo-grandenses com plano de saúde, aponta que 55,4% dos entrevistados declararam estar acima do peso ideal e que 17,3% já atingiram níveis de obesidade.

Esse resultado coloca a Capital em 11º lugar no ranking nacional, o que representa melhora em relação à pesquisa de 2015, quando a cidade foi a campeã tanto no sobrepeso quando na obesidade, quando os percentuais desses dois quesitos atingiram 59,7% e 22,3%, respectivamente.

Essa redução, embora seja boa, não traz motivos para comemorações, já que a cidade teve o maior percentual de entrevistados que declararam consumir carnes com excesso de gordura (47,4%). Na pesquisa anterior, a cidade já havia ocupado o topo do ranking com 39,7%, ou seja, o mal hábito aumentou na cidade.

Consequentemente, a Capital apresentou um dos maiores índices de homens (47,4%) com esse mau hábito e o maior entre as mulheres (34,9%).

A cidade também foi classificada como a terceira capital onde os usuários dos planos de saúde entrevistados menos consomem frutas e hortaliças em cinco ou mais dias da semana, com 61,2%. Esse percentual caiu em relação ao estudo anterior, quando 62,3% dos entrevistados declararam ter esses produtos rotineiramente na alimentação.

Campo Grande teve também a segunda menor frequência de homens que praticam exercícios físicos durante o tempo livre. Entre os entrevistados, 45,8% declararam não fazer atividades físicas no tempo livre.

A cidade empatou com São Luís na terceira posição no ranking do sedentarismo no Brasil, uma vez que 49,2% dos entrevistados que somando até mesmo trechos andados a pé no dia a dia não alcançam pelo menos 75 minutos de atividade vigorosa.

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