Defesa fará 2º pedido de fiança menor para piloto que brigou com vizinho

A defesa do piloto Jonas Mongenot Junior, 41 anos, preso desde a virada do ano, quando se envolveu em confusão com o advogado Munir Jorge, 56 anos, fará novo pedido de redução do valor da fiança arbitrada em R$ 100 mil. A primeira solicitação foi negada pelo presidente do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), desembargador Paschoal Carmello Leandro, que orientou o envio do pedido ao magistrado de primeiro grau.

O advogado Jaques Fortes de Andrade, responsável pela defesa do piloto, explicou à reportagem do Campo Grande News que o novo pedido já está pronto e deverá ser protocolado ainda este sábado (4). Segundo ele, “existem inúmeros habeas corpus que reduzem o valor da fiança, conforme as circunstâncias”.

Em se tratando do caso de Mongenot , ele ressalta que o cliente está desempregado e por esse motivo não tem condições de arcar com o valor da fiança. “Apesar de a gente não concordar com o ato, o dano e a ameaça por si só não são de grave potencial. O juiz poderia ter arbitrado fiança normal entre um e três salários mínimos. Arbitrar fiança acima do valor que não possibilita réu a pagar é o mesmo que não arbitrar”, declarou.

Expulsão - O advogado também comentou sobre o pedido de expulsão feito por outros condôminos contra o piloto. Segundo ele, a solicitação é real, mas ainda não há uma decisão concreta porque os moradores precisam entrar com pedido na Justiça. Ele lamenta, afirmando que Mongenot incomoda por ser “simples” morando em condomínio de luxo.

Questionado sobre o pedido de anulação de habeas corpus protocolado pela advogada Célia da Cruz Mongenot, mãe de Jonas, o advogado comentou já ter conversado com ela. “Mãe é mãe. Ela quis ajudar e achou por bem impetrar outro habeas corpus, mas o meu foi protocolado primeiro e o resultado vale para os dois”, finalizou.

Entenda o caso - o piloto de avião Jonas Mongenot Júnior, 41 anos, foi preso após destruir o apartamento do vizinho na noite do dia 31 para o dia 1º. O caso aconteceu no condomínio Jardim do Jatobá, localizado na Avenida Afonso Pena, em frente ao shopping Campo Grande, no Bairro Santa Fé (veja vídeo no final). Tanto autor quanto vítimas são moradores do 10º andar.

A confusão envolveu o advogado Munir Jorge, de 56 anos, e teria começado após confusão no momento em que Jonas e o filho soltavam fogos de artifício na Avenida Afonso Pena, em frente ao prédio.