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Capital

"Sujo, esburacado e esquecido”, lamentam moradores do Iracy Coelho

Um dos moradores mais antigos do bairro luta pela melhora do local que chama de lar há 33 anos

Izabela Sanchez | 12/12/2018 16:07
Centro Comunitário, ou o que restou dele, no bairro Iracy Coelho Neto (Foto: Izabela Sanchez)
Centro Comunitário, ou o que restou dele, no bairro Iracy Coelho Neto (Foto: Izabela Sanchez)

Há 33 anos o aposentado Nilson Fernando Nunes Lino, 72, chama o bairro Iracy Coelho Netto de lar, na região sul de Campo Grande. O lar, no entanto, não vai bem. Ao andar pelas ruas do residencial criado há 34 anos, Nilson aponta, em cada uma das vias, os problemas que fez com que ele buscasse a Câmara Municipal: sujeira, buracos...abandono. A luta do aposentado é para mudar essa situação.

“Fui um dos primeiros moradores, são 314 casas no Iracy 1. Quando mudamos para cá só era asfaltada a Vila, o resto era tudo terra. Essa casa aqui, quem fez o financiamento foi a Apemat (Associação de Poupança e Empréstimo de Mato Grosso) depois passou para a Caixa. Então vivo aqui há 33 anos, graças a Deus”, conta.

Entre os problemas do local, Nilson e outros moradores citam um antigo Centro Comunitário, hoje com as paredes desabando. T”em um centro comunitário que está abandonado há 25 anos, é ponto de droga, no fundo da escola [Escola Estadual Professora Zélia de Quevedo Chaves]”, explica.

Em meio à sujeira, o bueiro, na Rua da Prata (Foto: Izabela Sanchez)
Em meio à sujeira, o bueiro, na Rua da Prata (Foto: Izabela Sanchez)

“Aqui na Rua da Prata os dois bueiros estão entupidos, a Rua da Escola, todos os bueiros estão entupidos. Não tem rua que não tenha buraco para ser tampado aqui. Isso foi pedido e foi aprovado pela Câmara no dia 24 de abril, pedido para fazer uma limpeza na Vila, tampar buraco. A única coisa que eles fizeram foi tapa buraco na linha de ônibus e a creche que eu pedi para pintar pintaram uma parte. Eu também quero que, de vez em quando, a polícia passe fazendo ronda”, relata.

Maria Derli Vanele, 72, vive há 30 anos no bairro. “Aqui tem falta de cuidado, pessoal não limpa a rua, os bueiros. É muito sujo, ninguém cuida. Quando queima uma lâmpada demoram a trocar”, conta. Maria lembra da época em que levava a filha para atendimento médico no Centro Comunitário. “Eu levava minha filha caçula, aí caiu no esquecimento”, recorda.

A pensionista Margarida Espíndola, 76, vive na Rua Vicente Marine há quase 30 anos. “Os problemas são muitos, é sujeira, buraco no asfalto. Tem muito roubo de celular na vila”, afirma.

Buracos são comuns nas ruas do bairro (Foto: Izabela Sanchez)
Buracos são comuns nas ruas do bairro (Foto: Izabela Sanchez)

“No começo pintavam essas ruas, agora está largado mesmo”, critica a professora Iraide Lopes da Silva, 40, que vive no bairro há 8 anos. “Esse bairro não tem mais nada. O Centro Comunitário virou ponto de droga. Falta manutenção e os políticos não estão nem aí, só querem saber de voto”, declara.

Entre buracos e grades – Um enorme buraco é exibido na Rua Antonio de Castilho, em frente à conveniência de Vera de Souza Vidal, 52. O comércio ela tem há 22 anos e vive no bairro por outros 27 anos. A rotina da comerciante, ainda assim, é entre grades. O temor por assaltos – o local já foi assaltado 7 vezes – faz com que a estrutura seja fechada, mesmo durante a manhã.

A comerciante Vera de Souza Vidal vive entre as grades da conveniência (Foto: Izabela Sanchez)
A comerciante Vera de Souza Vidal vive entre as grades da conveniência (Foto: Izabela Sanchez)

“As condições estão péssimas. O bairro está um lixo. Sujeira, buracos, precisa fazer o asfalto completo. Tem falta de segurança. Tem que pagar imposto e viver atrás das grades. Polícia nunca se vê”, reclama.

Resposta - A Prefeitura informou, por meio da assessoria de imprensa, que está programado para os próximos dias o retorno das equipes que farão o tapa buraco nas ruas do bairro.

As demais reclamações mencionadas serão encaminhadas aos setores responsáveis da Sisep para providencias.

 

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