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Capital

Ação oferece testes rápidos no Dia Mundial de Combate à Aids

Durante todo o mês de dezembro a Sesau também trabalha com campanhas informativas

Tatiana Marin | 30/11/2018 21:26
Ação oferece testes rápidos no Dia Mundial de Combate à Aids

Já se foram 30 anos que o Dia Mundial de Combate à Aids, que é celebrado no dia 1º de dezembro, foi instituído pela OMS (Organização Mundial de Saúde) durante Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas). Campanhas durante o chamado Dezembro Vermelho chamam a atenção da população para a necessidade de prevenção, diagnóstico e tratamento da doença em Campo Grande.

Testes rápidos serão realizados neste sábado e durante todo o mês nas unidades básicas de saúde. (Foto: Arquivo/Fernando Antunes)
Testes rápidos serão realizados neste sábado e durante todo o mês nas unidades básicas de saúde. (Foto: Arquivo/Fernando Antunes)

Neste sábado (1) a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), por meio do Programa IST/Aids realiza ação que oferece a oportunidade de testes rápidos para a população, não só da Aids, mas também sífilis, e hepatites B e C. Os procedimentos estarão sendo realizados gratuitamente no Camelódromo, das 8h às 16h. Basta levar um documento de identificação e, se houver, o Cartão SUS.

Ainda, durante todo o mês, a Sesau intensifica as atividades de conscientização e palestras com pacientes e as áreas de atuação, além de oferecer os testes rápidos de Aids/HIV, sífilis, hepatites B e C também nas unidades básicas de saúde (UBS/UBSF).

Outra frente é a parceria com empresas de aplicativos de caronas, no qual os condutores vão distribuir gratuitamente aos passageiros kits com preservativos e materiais informativos, alertando para a necessidade do teste rápido para conhecimento da condição sorológica.

“O teste rápido é fundamental para que a pessoa saiba se está infectada ou não. Nosso objetivo é dar a condição para que a pessoa possa saber a sua condição sorológica e aliado a isto, as campanhas de conscientização para o uso do preservativo em qualquer relação sexual. Este é o caminho para diminuir novas infecções”, explicou a chefe do Programa IST/AIDS, Denise Leite Lima.

Ação oferece testes rápidos no Dia Mundial de Combate à Aids

Em ação nacional, o Ministério da Saúde vai cobrir a Esplanada dos Ministérios com um mosaico formado por colchas de retalhos (quilt em Inglês), prática utilizada na década de 80 para lembrar as vítimas da Aids.

Números em Campo Grande

Dados fornecidos pela Sesau apontam pequeno aumento na incidência do HIV (vírus da imunodeficiência humana) em Campo Grande, mas que pode ser considerado estável o número de casos. De janeiro a outubro de 2017, houve 230 notificações de portadores do vírus, já no mesmo período de 2018, foram 236. Em relação à Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), houve diminuição. O mesmo recorte de 2017 tem 153 pessoas com a doença, em 2018 foram 126.

Ação oferece testes rápidos no Dia Mundial de Combate à Aids

A análise da Sesau diz que o aumento de notificações por HIV - que são os casos em que a pessoa tem o vírus mas não desenvolveu a doença - está diretamente relacionado com a oferta dos testes rápidos nas 67 unidades básicas de saúde da Capital. “Em 2017, o Programa IST/AIDS determinou a descentralização dos exames facilitando o acesso e consequentemente o diagnóstico de pessoas infectadas e que não sabiam da condição sorológica. Até 2016, apenas duas unidades da SESAU realizavam a testagem”, diz nota do órgão.

Os números de testes realizados comprovam a teoria. Em 2016 foram realizados 8.197 testes rápidos, enquanto que no ano seguinte houve um salto para 14.177. Até outubro de 2018, forma 10.167 testes rápidos, podendo atingir o mesmo volume testado no ano passado.

HIV x Aids

A diferença de uma pessoa portadora do HIV e com Aids está no desenvolvimento da doença. O paciente pode ter o vírus na corrente sanguínea mas não estar doente.

Portador do HIV é considerada a pessoa que tem o vírus mas não desenvolveu a doença. (Foto: Pixabay)
Portador do HIV é considerada a pessoa que tem o vírus mas não desenvolveu a doença. (Foto: Pixabay)

Quando o paciente é considerado com Aids, o sistema imunológico já está seriamente danificado e a pessoa se torna vulnerável a infecções e as chamadas doenças oportunistas. Quando o número das células CD4 cai abaixo de 350 células por milímetro cúbico de sangue (350 células/mm3), é considerada a progressão do HIV para a AIDS. (A contagem normal de CD4 fica entre 500 e 1.600 células/mm3).

Pode ser diagnosticada com Aids a pessoa que desenvolver uma ou mais das doenças oportunistas, independentemente de contagem de CD4. Sem tratamento, as pessoas que são diagnosticadas com AIDS normalmente sobrevivem cerca de 3 anos. Uma vez com uma doença oportunista perigosa, a expectativa de vida sem tratamento cai para cerca de 1 ano. Pessoas com AIDS precisam de tratamento médico para evitar a morte.

Tratamento

A terapia antirretroviral (TARV) pode prolongar significativamente a vida das pessoas infectadas pelo HIV e diminuir as chances de transmissão da doença (indetectável). É importante que as pessoas façam o teste de HIV e saibam desde cedo que estão infectadas para que os cuidados médicos e o tratamento tenham maior efeito.

A terapia antirretroviral é transformadora para as pessoas que vivem com o HIV. Permite que elas recuperem sua qualidade de vida, voltem ao trabalho, desfrutem de suas famílias e desfrutem de um futuro cheio de esperança.

Indetectável

O principal objetivo da terapia antirretroviral é manter a boa saúde das pessoas vivendo com HIV. Para a grande maioria podem ser indicadas medicações antirretrovirais capazes de reduzir a quantidade de HIV no sangue para níveis que são indetectáveis por testes laboratoriais padrão. Pode levar alguns meses até que se consiga reduzir os níveis de vírus a patamares indetectáveis e permitir que o sistema imunológico comece a se recuperar.

Além do impacto positivo sobre a saúde das pessoas vivendo com o HIV, há um consenso crescente entre cientistas de que pessoas com carga viral indetectável em seu sangue não transmitem o vírus sexualmente. Esse conhecimento pode ser empoderador para as pessoas vivendo com HIV. A consciência de que eles não estão mais transmitindo o HIV sexualmente pode proporcionar às pessoas que vivem com o vírus um forte senso de que passam a ser agentes de prevenção em sua abordagem para os relacionamentos novos ou já existentes.

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