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Economia

Dólar fecha a R$ 5,55 após decreto do governo sobre tarifas dos EUA

Alckmin descarta prorrogação de prazo para início de tarifas americanas sobre produtos brasileiros

Por Gustavo Bonotto | 15/07/2025 19:30
Dólar fecha a R$ 5,55 após decreto do governo sobre tarifas dos EUA
Cédula do dólar, moeda norte-americana. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O dólar comercial caiu 0,46% nesta terça-feira (15), cotado a R$ 5,55, após o governo brasileiro publicar decreto que regulamenta a Lei da Reciprocidade Econômica. A medida foi adotada como resposta à decisão dos Estados Unidos, que impuseram tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.

RESUMO

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Dólar cai e Ibovespa recua pelo sétimo dia seguido após decreto sobre reciprocidade econômica. A moeda americana fechou em queda de 0,46%, cotada a R$ 5,55, influenciada pela publicação do decreto que regulamenta a Lei da Reciprocidade Econômica. O índice da Bolsa de Valores brasileira também recuou 0,04%, atingindo 135.250 pontos.Governo busca solução para tarifas americanas antes do prazo final. O vice-presidente Geraldo Alckmin reuniu-se com empresários para discutir os impactos das tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Alckmin afirmou que o governo buscará uma solução até o fim do mês, sem pretender pedir prorrogação do prazo, que começa em 1º de agosto. O decreto assinado por Lula define os instrumentos legais para suspender concessões comerciais em resposta a medidas unilaterais prejudiciais ao Brasil.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, também sofreu os efeitos do cenário externo e recuou 0,04%, encerrando o dia aos 135.250 pontos. Este foi o sétimo pregão seguido de queda.

A queda da moeda ocorreu no mesmo dia em que o vice-presidente Geraldo Alckmin se reuniu com empresários em Brasília para discutir o impacto das sanções e possíveis reações.

Durante o encontro com representantes da indústria e do agronegócio, Alckmin afirmou que o governo não pretende pedir prorrogação do prazo para o início das taxas, previsto para 1º de agosto. Segundo ele, a estratégia é buscar uma solução até o fim do mês. Ele também destacou que os setores de produtos perecíveis e mercadorias já embarcadas exigem atenção especial.

O decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta manhã define os instrumentos legais que o Brasil poderá usar para suspender concessões comerciais, investimentos e direitos de propriedade intelectual, em casos de medidas unilaterais que prejudiquem a competitividade do país. O texto foi publicado no DOU (Diário Oficial da União) e integra o conjunto de ações coordenadas por um comitê interministerial, que inclui os ministérios da Fazenda, Indústria e Comércio, Relações Exteriores e Casa Civil.

Nos Estados Unidos, os preços ao consumidor subiram 0,3% em junho, o maior avanço desde janeiro. A elevação, segundo analistas, já reflete parte dos custos adicionais provocados pelas tarifas. Os setores de eletrodomésticos e equipamentos domésticos foram os que mais sentiram os repasses. O índice acumulado em 12 meses ficou em 2,7%, mantendo o Federal Reserve em alerta quanto à inflação.

Ao mesmo tempo, a China anunciou crescimento de 5,2% no Produto Interno Bruto do segundo trimestre, superando levemente as expectativas. O resultado indica que o país asiático ainda resiste aos impactos da guerra comercial com os Estados Unidos, embora analistas projetem desaceleração nos próximos meses.

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