Dólar fecha a R$ 5,55 após decreto do governo sobre tarifas dos EUA
Alckmin descarta prorrogação de prazo para início de tarifas americanas sobre produtos brasileiros
O dólar comercial caiu 0,46% nesta terça-feira (15), cotado a R$ 5,55, após o governo brasileiro publicar decreto que regulamenta a Lei da Reciprocidade Econômica. A medida foi adotada como resposta à decisão dos Estados Unidos, que impuseram tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.
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O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, também sofreu os efeitos do cenário externo e recuou 0,04%, encerrando o dia aos 135.250 pontos. Este foi o sétimo pregão seguido de queda.
A queda da moeda ocorreu no mesmo dia em que o vice-presidente Geraldo Alckmin se reuniu com empresários em Brasília para discutir o impacto das sanções e possíveis reações.
Durante o encontro com representantes da indústria e do agronegócio, Alckmin afirmou que o governo não pretende pedir prorrogação do prazo para o início das taxas, previsto para 1º de agosto. Segundo ele, a estratégia é buscar uma solução até o fim do mês. Ele também destacou que os setores de produtos perecíveis e mercadorias já embarcadas exigem atenção especial.
O decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta manhã define os instrumentos legais que o Brasil poderá usar para suspender concessões comerciais, investimentos e direitos de propriedade intelectual, em casos de medidas unilaterais que prejudiquem a competitividade do país. O texto foi publicado no DOU (Diário Oficial da União) e integra o conjunto de ações coordenadas por um comitê interministerial, que inclui os ministérios da Fazenda, Indústria e Comércio, Relações Exteriores e Casa Civil.
Nos Estados Unidos, os preços ao consumidor subiram 0,3% em junho, o maior avanço desde janeiro. A elevação, segundo analistas, já reflete parte dos custos adicionais provocados pelas tarifas. Os setores de eletrodomésticos e equipamentos domésticos foram os que mais sentiram os repasses. O índice acumulado em 12 meses ficou em 2,7%, mantendo o Federal Reserve em alerta quanto à inflação.
Ao mesmo tempo, a China anunciou crescimento de 5,2% no Produto Interno Bruto do segundo trimestre, superando levemente as expectativas. O resultado indica que o país asiático ainda resiste aos impactos da guerra comercial com os Estados Unidos, embora analistas projetem desaceleração nos próximos meses.
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