Réu por morte de ex, açougueiro diz que "só" deu 1 facada e que laudo errou
Estratégia de defesa é de tentar tirar as qualificadoras do homicídio, de motivo fútil e de recurso que dificultou a defesa da vítima
O açougueiro Alzir da Silva Filho, acusado de matar com 12 facadas a ex-mulher Gisele Aparecida da Cruz, em abril de 2010, disse esta manhã no júri popular, que deu apenas uma facada na vítima e que o laudo está equivocado. “Foi uma facada só, eu não tirei do corpo dela. O laudo diz que não foi, mas eu tenho consciência do que eu fiz”.
Alzir matou a ex-mulher em um domingo de manhã, quando a vítima estava no ponto de ônibus indo para o trabalho acompanhada da mãe.
Para os jurados, o réu que está em liberdade desde julho de 2011, por força de um Habeas Corpus, falou que não tinha a intenção de matar a ex e que só queria conversar. “Queria saber a verdade, se ela estava com outra pessoa. Eu nunca aceitei a separação”, declarou.
A conversa terminou com 12 facadas que causaram a morte instantânea de Gisele.
A estratégia de defesa é de tentar tirar as qualificadoras do homicídio, de motivo fútil, por ter matado por ciúmes e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, por abordá-la repentinamente, quando estava desarmada e indefesa.
Entre os familiares da vítima, o sentimento é de dor ao ouvir a defesa do acusado e esperança que a Justiça possa ser feita. “O coração aperta de escutar ele, de estar ouvindo certas coisas que não são verdade, ela foi agredida sim e muito. Eu como mãe não vou ter minha filha mais, mas espero que a Justiça seja feita pelo que ele fez”, desabafou a mãe Benedita Pinto Cruz, 70 anos.