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Capital

Acusado de agredir namorada se cala e não fala com a delegada

Edivaldo Bitencourt e Graziela Rezende | 22/01/2014 15:15
Delegada fala sobre a tentativa de ouvir jovem acusado de agressão pela segunda vez (Foto: Graziela Rezende)
Delegada fala sobre a tentativa de ouvir jovem acusado de agressão pela segunda vez (Foto: Graziela Rezende)

Acusado de agredir a namorada Giovanna Nunes Tressi de Oliveira, 18 anos, na noite de réveillon, Matheus Georges Zadra Tannous, 19, ficou calado e não respondeu às perguntas da Polícia na primeira tentativa de depoimento. Ele está desde às 12h na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), na Capital.

O jovem, que teve a prisão preventiva decretada no dia 8 de janeiro deste ano, foi preso na madrugada de hoje no Hospital Nosso Lar, na Vila Planalto. Ele foi encaminhado para a unidade psiquiátrica após ser encontrado perdido e perambulando pela rua pelo pai, o médico Michel Georges Tannous.

Segundo a titular da Deam, delegada Rosely Molina, o jovem está preso e será encaminhado para uma das celas da 4ª Delegacia de Polícia, no Conjunto Moreninhas, na saída para São Paulo. Antes, ele vai passar por exame de corpo delito.
Matheus está num canto da delegacia e não quer falar sobre as acusações de que agrediu a namorada. De acordo com a delegada, na primeira tentativa, o jovem ficou em silêncio e não respondeu as perguntas.

Há pouco, após três horas na delegacia, ele voltará a ser inquirido oficialmente pela delegada. Ela quer esclarecer as contradições sobre a noite em que a jovem sofreu os ferimentos no rosto. Matheus, no primeiro depoimento, negou que tivesse agredido a jovem. Ele disse que os dois beberam conhaque e os ferimentos ocorreram porque ele derrubou a jovem duas vezes ao tentar colocá-la no sofá.

Delegadas falam sobre a prisão de Matheus, na madrugada de hoje (Foto: Graziela Rezende)
Delegadas falam sobre a prisão de Matheus, na madrugada de hoje (Foto: Graziela Rezende)

No entanto, testemunhas relataram que houve brigas no apartamento. Outro ponto a ser esclarecido é que a perícia não encontrou sinais de arrombamento no banheiro, onde o jovem diz ter entrado a força para resgatar a namorada. Peritos só constaram sinais de que a porta foi forçada.

Dificuldade – A delegada não gostou da viagem de Giovanna para Londrina. A jovem viajou junto com a mãe após ser liberada pela psicóloga, mas não prestou depoimento. A Polícia deverá ouvi-la por meio de carta precatória.

Para Rosely, a viagem vai dificultar as investigações. Ela também está cobrando o resultado do exame de corpo delito, que ainda não foi concluído.

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