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Capital

Advogada não comparece a julgamento e é multada em mais de R$ 9,5 mil

Wilson Corrêa seria julgado nesta quarta-feira por homicídio qualificado, mas assim como a advogada, não compareceu ao tribunal e agora está foragido da justiça

Geisy Garnes e Guilherme Henri | 28/03/2018 16:19

A advogada Carine Beatriz Giaretta foi multada em mais de R$ 9,5 mil por faltar a um julgamento nesta quarta-feira (28), na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande. Às 8 horas de hoje, Wilson Corrêa de Arruda, vulgo Buguinho, de 25 anos, iria a julgamento por matar a tiros Ewerton Ferreira dos Santos, crime que aconteceu em maio de 2010.

O juiz Aluízio Pereira dos Santos, a promotora de justiça Aline Mendes Franco Lopes, dois analistas judiciais e os 21 jurados, esperaram por mais de 30 minutos no plenário do Júri, no edifício do Fórum de Campo Grande, mas nem advogada, nem cliente, apareceram.

Pela falta, o juiz multou Giaretta em dez salários mínimos, um total de R$ 9.540,00. “Adiamento do júri é um ato muito complexo, o promotor estudou o caso para estar ali, os júris foram convocados, houve liberação de verba para o almoço, foi uma perda de tempo”, explicou o juiz ao Campo Grande News.

Além da multa para a advogada, o magistrado ainda decretou a prisão preventiva de Wilson Corrêa. No documento anexado ao processo, o magistrado explicou que o réu não compareceu a nenhuma das audiência sobre o caso. Durante a ação, a defesa pediu que os depoimentos fossem feitos à distância, alegando mudança do suspeito para Sidrolândia e depois para Belém (PA), mas ele nunca foi localizado, ou ouvido.

Wilson agora é considerado foragido, com mandado de prisão preventiva decretado. O Campo Grande News tentou contato com a advogada, mas não obteve sucesso. Carine também é presidente da Comcevid (Comissão de Enfrentamento à Violência Comissão de Combate à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher),

O caso - No dia 15 de maio Wilson matou Ewerton Ferreira em uma conveniência da Rua dos Cafezais, no Jardim das Macaúbas. Testemunhas contaram que na data, o suspeito se aproximou da vítima, que já deixava do bar, e efetuou vários disparos contra ela.

Mesmo ferido Ewerton tentou correr, mas caído e foi ferido por mais dois disparos. Ele chegou a ser socorrido ao Hospital Universitário, mas não resistiu aos ferimentos. Segundo a polícia, uma discussão semanas antes motivou o crime. O réu foi indiciado por homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima.

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