ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SÁBADO  20    CAMPO GRANDE 20º

Capital

Ainda sem avaliação, máquina que suga Aedes muda de endereço amanhã

Natalia Yahn | 14/03/2016 13:05
(Foto: Natalia Yahn / Arquivo)
(Foto: Natalia Yahn / Arquivo)

Ainda sem avaliação técnica da SES (Secretaria de Estado de Saúde), o aparelho Mosquito Magnet que suga a fêmea do mosquito Aedes aegypti – transmissor da dengue, zika e chikungunya –, deve ser instalado até amanhã (15), no pátio do órgão, no Parque dos Poderes, em Campo Grande.

O anuncio da mudança de endereço aconteceu na terça-feira (8) e estava prevista para quinta-feira (10), mas ainda aguarda definição da Coordenadoria Estadual de Controle de Vetores. “Vamos fazer uma inspeção hoje (14) a tarde e decidir com a empresa (Seiva Brasil) sobre a mudança. Mas provavelmente será amanhã (15) e a instalação ao lado da Sala de Situação”, afirmou o gerente técnico da Secretária, Paulo Silva de Almeida.

A armadilha foi instalada no dia 23 de fevereiro no pátio do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), na Vila Ipiranga, na Capital. O local foi escolhido por ser uma área aberta, com mata e alta incidência de infestação do mosquito. E por ter as mesmas características, o pátio da SES vai abrigar o aparelho até o dia 23 de março, quando o teste do equipamento completa 30 dias.

A máquina que promete sugar a fêmea do Aedes será colocada próxima a Sala de Situação, que funciona no prédio da Secretaria de Estado de Saúde, no Parque dos Poderes.

O aparelho já passou por dois balanços, no dia 24 de fevereiro - um dia após começar a funcionar - e também na quinta-feira (3). Na primeira avaliação o aparelho não tinha funcionado satisfatória, e “engoliu” alguns poucos mosquitos. Porém no segundo monitoramento realizado mais mosquitos foram capturados na armadilha. "Foi uma quantidade razoável", disse Silva, sem informar quantos mosquitos foram sugados pelo aparelho.

O funcionamento do aparelho pelo período de 30 dias foi mantido e vai acontecer para confirmar a eficácia prometida pelo Instituto Seiva Brasil – com sede na Capital –, que atua na área de inovações tecnológicas, responsável pela apresentação do Mosquito Magnet e também por outra armadilha, “Flying Insect Trap”.

Funcionamento – O Mosquito Magnet, que “engole” o Aedes, custa aproximadamente R$ 10 mil e o “Flying Insect Trap” R$ 600. Os dois equipamentos funcionam de formas parecidas atraindo a fêmea do mosquito. Mas enquanto o primeiro usa ácido lático – composto orgânico produzido pelo corpo humano – para atrair o vetor, o outro utiliza uma lâmpada e também ondas sonoras (perceptíveis apenas para o mosquito).

Apenas a fêmea hematófaga – que se alimenta de sangue –, é atraída pelo composto utilizado na máquina, que imita o suor humano. "A fêmea pica porque precisa da proteína do sangue para se reproduzir, o macho só se alimenta da seiva das plantas", explicou o coordenador Estadual de Controle de Vetores, Mauro Lúcio Rosário.

Os dois aparelhos são fabricados nos Estados Unidos, precisam ser instalados de forma fixa (o “Flying” ao abrigo da chuva) e ter manutenção semanal para continuar operando com eficácia. O Magnet, que suga o inseto, tem abrangência de 4 quilômetros e promete “atrair e matar mosquitos”. Para funcionar o aparelho precisa de um botijão de gás de cozinha e quatro pilhas grandes. Caso aprovado ele poderá ser instalado em lugares de grande circulação de pessoas como escolas, creches, postos de saúde e até mesmo estádios.

Já o “Flying” tem eficácia de apenas 100 metros, e é mais indicado para ser usado em residências. A empresa Mosquitron, responsável pela importação dos equipamentos, deverá disponibilizar mais um lote com 2,7 mil unidades da armadilha doméstica nos próximos dias.

Nos siga no Google Notícias