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Capital

Além de médico e remédio, falta respeito, dizem enfermeiras a prefeito

O chefe do Executivo Municipal, Marquinhos Trad (PSD), visitou duas unidades de saúde neste sábado

Mayara Bueno e Yarima Mecchi | 25/03/2017 18:01
Posto do Tiradentes não tinha médico na tarde deste sábado (25). (Foto: Yarima Mecchi).
Posto do Tiradentes não tinha médico na tarde deste sábado (25). (Foto: Yarima Mecchi).

Em meio aos caos na saúde pública de Campo Grande, técnicas e enfermeiras passaram uma espécie de raio-X ao prefeito Marquinhos Trad (PSD), que, neste sábado (25), visitou a UPA do Coronel Antonino e o CRS (Centro Regional de Saúde) do Tiradentes, onde nenhum médico havia sido escalado para o plantão vespertino.

Além de profissionais insuficientes para atender a demanda e medicamentos, falta respeito dos pacientes. Segundo os enfermeiros, que preferiram não se identificar, têm pessoas que “xingam e agridem” os médicos. “Ninguém acorda seis horas da manhã para vir brincar”, desabafou.

Outra situação é a falta de informação da população, “que atrapalha”. Isto porque, muitos que poderiam, por conta de sua condição de saúde, procurar uma Unidade Básica de Saúde e agendar atendimento, procuram direto os postos 24 horas, onde são passam pacientes com casos mais graves.

“As condições de trabalho. Não tem remédio, só chegou via oral, não tem intravenal”. De acordo com uma das profissionais, os pacientes reclamam que não é passado álcool nas macas, mas por que optam por economizar para passar nas pessoas no atendimento, já que há pouco estoque. Elas afirmam que já chegaram a tirar do próprio bolso dinheiro para comprar remédio.

Como medida urgente e paliativa, o diretor-técnico dos médicos, Vinicius Ribeiro Andrade, diz que conta com a “amizade” para os colegas aceitarem trabalhar no plantão que não são deles. Se não tem ninguém na escala, como é o caso de amanhã, afirma, muitos profissionais não querem ir se souberem que estarão sozinhos. “Se ninguém quiser ir, eu tenho que vir”.

Esta semana, a prefeitura convocou 176 médicos, que devem amenizar a situação nas unidades de saúde de Campo Grande e o déficit que, segundo Yama Higa, coordenador de emergência e urgência da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), é de 170 pediatras e 80 clínicos gerais.

Mais cedo, Marquinhos havia dito ao Campo Grande News que os médicos precisavam ter compreensão, mas que a ideia é melhorar a estrutura dos postos, como pedem os profissionais.

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