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Capital

Apesar de negar compra, esteticista tinha quarto de bebê pronto em casa

Mulher disse à polícia que "se compadeceu com história da mãe", por isso queria ficar com a criança

Luana Rodrigues e Amanda Bogo | 21/03/2017 15:54
Gavetas de cômoda em casa de casal, já com roupas de bebê arrumadas. (Foto: Divulgação/ Polícia Civil)
Gavetas de cômoda em casa de casal, já com roupas de bebê arrumadas. (Foto: Divulgação/ Polícia Civil)

A esteticista de 38 anos que está sendo investigada por tentar adotar um bebê de maneira ilegal, disse à polícia que não tinha a intenção de comprar a recém-nascida. A menina é filha da uma auxiliar de serviços gerais de 27 anos, que confessou que queria "doar" a filha,  porque estava com dificuldades financeiras. O caso está sendo investigado desde esta segunda-feira (20).

De acordo com a delegada responsável pelo caso, Marília de Brito Martins da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), a esteticista, que mora no bairro Coophatrabalho e já tem outros filhos, disse que se compadeceu com a história da mãe, por isso vinha a “ajudando” com a doação de frutas e outros alimentos. Inclusive, foi acompanhante da mulher durante o parto, mas negou que iria pagar algum valor à mulher pela criança. A polícia não acredita nesta versão.

A mãe da criança também não confessou se receberia algum valor pela “doação” da filha. Disse apenas que teve a menina de uma relação casual, inclusive, que teria que fazer teste de DNA para confirmar a paternidade da menina, e que não poderia cuidar dela por estar passando por dificuldades financeiras, por isso decidiu doar. A mulher é mãe de outra criança, com idade não revelada pela polícia.

“Não existe situação que justifique essa ação. Se a pessoa tem dificuldade tem que buscar o sistema de Justiça, que existe para manter a criança com a mãe. Apenas em casos de exceções essa criança iria para adoção, mas da maneira regular”, considera a delegada.

Conforme Marília, as duas mulheres se conheceram por meio de um homem, que não teve a identificação revelada, porém será investigado. A polícia também pretende ouvir familiares das envolvidas e encontrar o pai biológico da menina recém-nascida.

Tanto a mãe biológica, quanto a que estava propensa a adoção, podem ser indiciadas por prometer ou efetivar a entrega de filho ou pupilo a terceiro, mediante paga ou recompensa. Se condenadas, elas podem ficar presas por um período de dois a quatro anos.

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